Santa Tereza D’Ávila e o amor de Deus

 

“O edifício da oração deve sempre alicerçar-se na humildade: quanto mais uma alma se mostra humilde na oração, tanto mais Deus a exalta”.
“A todos que tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente”.
“O caminho da cruz é o que Deus reserva aos seus escolhidos: quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações”.
“A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor”.
“Quando a alma está verdadeiramente ferida pelo amor de Deus, desvencilha-se sem nenhuma dor do amor das criaturas, isto é, ela não se sente prisioneira de nenhum afeto. Sem dúvida, a isso não se pode chegar sem o amor de Deus, porque as coisas criadas, se muito desejadas, causar-nos-iam sempre algum sofrimento, especialmente se quiséssemos abandoná-las, ao passo que, se o Senhor se apoderasse duma alma, esta acabaria dominando todas as criaturas”.
“Não consigo compreender que haja ou possa haver humildade sem amor, e amor sem humildade. Mas nenhuma destas duas virtudes jamais poderá subsistir numa alma sem um profundo despego de todas as coisas”.
“Sem dúvida, não é preciso pedir a cruz, porque Deus, aos que Ele ama, a dá espontaneamente, como a deu a seu Filho”.
“Quem ama verdadeiramente o Senhor, gosta de tudo, quer tudo, louva tudo, favorece o que é bom e só anda na companhia dos bons para ajudá-los e defendê-los. Numa palavra só ama a verdade e o que é digno de ser amado”.
“Não creias que seja possível a quem ama verdadeiramente o Senhor, amar ao mesmo tempo as vaidades da terra”.
“O amor de Deus não está nos deleites espirituais, mas em estar firmemente resolvidos a contenta-lo em todas as coisas, tentando todo esforço para não ofendê-lo, e rezando pelo aumento da honra e da glória do seu Filho e pela exaltação da Igreja Católica”.
“A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco por Deus está sempre na proporção do amor”.
“Não há nada mais útil e mais agradável a Deus do que esquecermo-nos de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas satisfações pessoais, para ocuparmo-nos da sua honra e da sua glória”.
“O Senhor quer obras. Por exemplo, deseja que não te preocupes em perder esta ou aquela devoção para consolar um doente a quem vês que podes servir de alívio, fazendo teu o seu sofrimento, jejuando, se preciso for, para dar-lhe de comer; e isso não tanto por ela, mas porque sabes que esta é a vontade de Deus. Eis em que consiste a verdadeira união com a vontade de Deus”.
“Somente o amor dá valor às obras”.
“Amor e temor a Deus! É dizer pouco? São dois castelos fortes a partir dos quais se faz guerra ao mundo e aos demônios”.
“Quanto mais recebe, mais é obrigado a dar. E então, que podemos nós fazer por um Deus tão generoso que chegou a morrer por nós, que nos criou e nos conserva a vida, senão retribuir, ao menos em parte, o muito que lhe devemos em vista dos grandes serviços que nos prestou?”.
“O Senhor nos ama mais do que nós mesmos nos amamos”.