Perfeita humildade

Alma profundamente sapiencial, Maria Santíssima é o vaso de eleição no qual pousou o Espírito Santo, para nele gerar Nosso Senhor Jesus Cristo. E o único hino que conhecemos como proferido por Nossa Senhora em sua vida terrena — o Magnificat —é uma verdadeira maravilha de sabedoria: “Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Criador; porque considerou  a humildade de sua serva, por isso todas as gerações me chamarão bem aventurada”.
É a escrava que se encanta de ser escrava, de ser pequena, de ver como Deus é infinitamente superior a Ela, e do fundo de seu nada glorifica o Senhor. É o pequeno que reconhece, com agrado, a  sua posição. O escravo não tem direitos, e está colocado abaixo da condição comum dos homens. Pois bem, Nossa Senhora se proclama escrava de Nosso Senhor Jesus Cristo, precursora de todos  os escravos espirituais que Ela mesma iria ter ao longo dos séculos. É o modelo perfeito de humildade, que ama seu lugar inferior, adorando a grandeza que a eleva.
Plinio Corrêa de Oliveira