São Simão Stock, Religioso

A vinda dos carmelitas para a Europa e a sua rápida expansão atraía a si inúmeros jovens universitários cativados pelo estilo de vida do Carmo desencadeando-se, ao mesmo tempo, uma onda de ciúme e inveja em muitos sectores da Igreja. Párocos, Reitores e Bispos moveram uma guerra surda aos carmelitas «não deixando construir igrejas e obrigando-os a impostos e serviços graves insuportáveis, que nunca tinham tido no Monte Carmelo ou em outros conventos da Terra Santa.

Em 1251, Frei Simão convocou um Capítulo Geral pedindo a toda a Ordem que rezasse noite e dia pela resolução do problema. Acudiram ao Céu e ao Papa. Ele liderava esta campanha rezando com insistência à Mãe do Carmo para que deles se compadecesse. Um dia em que, como tantas vezes, rezava a oração do «Flos Carmeli», apareceu-lhe a Virgem Maria na sua cela e entregou-lhe o Escapulário dizendo que este símbolo era o sinal da sua proteção para com os carmelitas e para quem a partir de então o usasse. Pensa-se que esta aparição se deu na noite de 15 ou 16 de Julho. Era o ano de 1251.

No ano seguinte, o Papa escreve uma carta aos Bispos defendendo os carmelitas. Porém, quatro anos mais tarde, sobrevém nova provação aos carmelitas e mais perigosa, pois os frades se dividiram: uns querem apenas a vida eremítica tal como se vivia no principio, no Monte do Carmo; outros, como Frei Simão, pretendem uma vida equilibrada e adaptada à Europa: solidão e apostolado, o que exigia a fundação de conventos, não no deserto, mas junto de cidades e universidades.

Sendo Prior Geral, recorre ao Papa que lhe concede razão e proteção. Mais uma vez, em 1264, ele presidiu ao Capítulo Geral em Tolosa, França, vindo a morrer em Bordéus no ano de 1265, onde ainda hoje se guardam os seus restos mortais.

Oração que rezava quando lhe apareceu a Mãe do Céu, da Terra e do Carmo, dando-lhe o Escapulário:
Do Carmo a Flor / vide florida / do céu esplendor.
Virgem fecunda, / singular / Mãe sem par
De homem ignorada! / Ao Carmo vem dar / a tua ajuda.
Estrela do mar!

São Simão Stock, rogai por nós!

Oração – Senhor, nosso Deus, que chamaste São Simão Stock a servir-te na família dos Irmão da Santa Virgem do Carmelo, concede-nos, por sua intercessão, viver como ele, entregues sempre a teu serviço e cooperar com a salvação dos homens. Amém.

Simão: Significa “aquele que ouve”, “ouvinte”. Tem origem no hebraico Shim’on​, que deriva do elemento shamá que quer dizer “ele ouviu”

 

Com Santo André Bobola, presbítero,  missionário e mártir polonês da Companhia de Jesus, conhecido como “Apóstolo da Lituânia” e “Caçador de Almas”. Sofreu um dos martírios mais cruéis da história.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Em Uzális, na África Proconsular, na atual Tunísia, a comemoração dos santos Félix e Genádio, mártires.(† data inc.)

2. Em Ósimo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, os santos Florêncio e Diocleciano, mártires.(† data inc.)

3. Na antiga Pérsia, os santos mártires Abdas e Edésio, bispos, que foram mortos por ordem do rei Sapor II, juntamente com trinta e oito companheiros.(† 375/376)

4. Em Bouhy, localidade do território de Auxerre, na Gália, hoje na França, São Peregrino, mártir, venerado como primeiro bispo desta cidade.(† s. IV/V)

5. Comemoração de São Possídio, bispo de Guelma, na Numídia, na atual Argélia, que foi discípulo e amigo de Santo Agostinho, assistiu à sua morte e escreveu a sua memorável biografia.(† d. 473)

6. Em Troyes, na Gália Lionense, atualmente na França, São Fídolo, presbítero, que, segundo a tradição, foi feito prisioneiro de guerra pelo rei Teodorico, durante a invasão do Auvergne, mas, resgatado e instruído no serviço de Deus por Santo Aventino, abade, foi o seu sucessor.(† c. 540)

7. Irlanda, São Brandão, abade de Clonfert, zeloso propagador da vida monástica, dele se narra a célebre «navegação de São Brandão».(† 577/583)

8. Em Amiens, na Nêustria, atualmente na França, Santo Honorato, bispo.(† c. 600)

9. Na Bretanha, em território da atual Grã-Bretanha, São Carantoco, bispo e abade de Cardigan.(† s. VII)

10. Na Palestina, a paixão de quarenta e quatro santos monges, que, no tempo do imperador Heráclio, foram massacrados pelos Sarracenos que assaltaram o seu mosteiro de São Sabas.(† 614)

11. Em Toulouse, na Aquitânia, na atual França, São Germério, bispo, que se empenhou em divulgar o culto de São Saturnino e visitar assiduamente o povo que lhe foi confiado.(† s. VII f.)

12. Em Gúbbio, na Úmbria, região da Itália, Santo Ubaldo, bispo, que trabalhou diligentemente para renovar a vida comunitária dos clérigos.(† 1160)

13. Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Adão, abade do mosteiro de São Sabino.(† c.1210)

14. Em Bordéus, na Gasconha, na hodierna França, São Simão Stock, presbítero, que, depois de ter sido eremita na Inglaterra, ingressou na Ordem dos Carmelitas, da qual foi admirável superior, tornando-se célebre pela sua singular devoção à Virgem Maria.(† 1265)

15. Em Janow, junto a Pinsk, nas margens do rio Pripjat, na Polônia, Santo André Bobola, presbítero da Companhia de Jesus, que foi zeloso promotor da unidade dos cristãos, até que, arrebatado por soldados, de bom grado deu o supremo testemunho da fé com o derramamento do seu sangue.(† 1657)

16. Perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Miguel Wozniak, presbítero e mártir, que foi deportado da Polônia, ocupada por um regime hostil à dignidade humana e à religião, para o campo de concentração de Dachau e, depois de cruéis torturas, partiu para a glória celeste.(† 1942)

17. Em Drohobych, na Ucrânia, o Beato Vital Vladimiro Bajrak, presbítero da Ordem de São Josafat e mártir, que, perante os perseguidores da religião, pelo combate da fé alcançou o fruto da vida eterna.(† 1946)