Festa da Sagrada Família, São Silvestre I, Papa

Sagrada Família

Primeira Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a
Salmo: 127,1-5
Segunda Leitura: Cl 3, 12-21
Evangelho: Lc 2,22-40

Origem da Festa

As origens da festa litúrgica remontam ao século XVII. Em 1895, Leão XIII fixou a celebração no terceiro domingo depois da Epifania; Bento XV, em 1921, colocou-o na oitava da Epifania; e, atualmente, a reforma litúrgica de 1968 fixou-o no domingo depois do Natal.

O menino cresce, tornando-se cheio de sabedoria e da graça de Deus.

O nosso olhar se dirige, agora, para o Evangelho, para a família de Nazaré, lugar onde tudo isso que falamos até agora foi vivido, sem dúvida, de forma sublime. Maria e José vão ao Templo cumprir a Lei: a purificação da mãe e o resgate do primogênito (Ex 13,11-16; Lv 12,2-8). Não somente cumprem a Lei, mas realizam um ato comum a pessoas piedosas: apresentam o menino no Templo (1Sm 1,24-25).

Depois de cumprirem tudo, voltam para seu lar em Nazaré e o menino cresce, tornando-se cheio de sabedoria e da graça de Deus.

 

São Silvestre I

Praticante da hospitalidade perfeita

Nasceu de uma mãe chamada Justa, de nome e de fato, e foi instruído pelo presbítero Ciriano, que lhe ensinou a praticar a hospitalidade com grande zelo.

Assim, ele recebeu em sua casa um homem muito cristão, chamado Timóteo, que todos evitavam por causa da perseguição que sofria. Esse Timóteo ali ficou um ano e três meses até obter a coroa do martírio por anunciar com zelo perseverante a fé em Cristo.

O poder e o dinheiro

O prefeito Tarquínio, pensando que Timóteo era rico, exigiu com ameaças de morte que Silvestre entregasse os supostos bens do amigo.

Frustrado por ver que Timóteo não possuía riquezas, mandou que Silvestre sacrificasse aos ídolos, senão iria, no dia seguinte, passar por diversos gêneros de suplícios.

Insensato, você morrerá esta noite, depois sofrerá tormentos eternos

Silvestre então lhe disse: “Insensato, você morrerá esta noite, depois sofrerá tormentos eternos e assim, quer queira, quer não, reconhecerá o verdadeiro Deus que adoramos”.

Amado tanto pelos cristãos quanto pelos pagãos

Silvestre foi levado preso e Tarquínio foi convidado a um jantar. Ao comer, ele ficou engasgado com uma espinha de peixe que não conseguiu nem expelir nem engolir. Ele morreu à meia-noite, e Silvestre, que era amado tanto pelos cristãos quanto pelos pagãos, foi libertado para grande alegria de todos.

A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu à fé em Cristo.

Um Papa a altura de sua época

Desse modo, o cristianismo se expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar, triunfante, ao terceiro milênio.

Constantino termina as perseguições e ajuda a estruturar a Igreja

Embora o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em completa paz.

Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I.

Concilio de Nicéia, a vitória da Igreja contra Ario

Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia ariana.

Tudo isso acontecia com o Papa Silvestre I já bem idoso. Como não aguentaria a viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o Bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores.

Determinou a construção da Basílica de São Pedro e outras

Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa.

A construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de São Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali.

Quem descobriu isso foi o Papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a São João, em Roma.

Constantino doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas

Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja.

Mas esses atos não ocorreram porque Constantino se tinha convertido ou por interferência de sua mãe Helena, mas sim pelo mérito do trabalho do Papa.

Pontificado cheio de bons frutos para o cristianismo

Quanto ao Papa, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o cristianismo.

No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é celebrado dois dias depois.

São Silvestre, rogai por nós!

Oração – Vinde, Senhor, em auxílio do vosso povo, que confia na intercessão do Papa São Silvestre, e conduzi-o ao longo desta vida presente, para que chegue um dia à felicidade da vida eterna. Amém!

Silvestre: Significa “coberto de silvos” ou “descendentes da floresta”. Silvestre é um sobrenome derivado a partir do latim silva, que significa literalmente “floresta”, “mata” ou “selva”.

 

Com São João Francisco de Règis, presbítero da Companhia de Jesus, que, pela pregação e celebração do sacramento da penitência, peregrinando sem descanso por montes e aldeias, trabalhou incansavelmente para a renovação da fé católica nos seus habitantes.

 

 

Santa Catarina Labouré, virgem das Filhas da Caridade, que venerou de modo singular a Imaculada Mãe de Deus e resplandeceu pela sua simplicidade, caridade e paciência

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Dez 31

2. Roma, no cemitério dos Jordanos, junto à Via Salária Nova, as santas Donata, Paulina, Rogata, Dominanda, Serótina, Saturnina e Hilária, mártires. († data inc.)

3. Em Sens, França, Santa Colomba, virgem e mártir. († s. IV)

4. Em Constantinopla, Turquia, São Zótico, presbítero, († s. IV)

5. Em Jerusalém, Santa Melânia a Jovem, que, com seu esposo São Piniano, deixou Roma e partiu para a Cidade Santa, onde abraçaram a vida religiosa, ela entre as mulheres consagradas a Deus e ele entre os monges, e ambos descansaram numa santa morte. († 439)

6. Em Ravena, Itália, São Barbaciano, presbítero. († s. V)

7. Em Lausana, Suíça, São Mário, bispo, edificou muitas igrejas e foi defensor dos pobres. († 594)

8. Em La Louvesc, França, São João Francisco de Règis, presbítero, que, pela pregação e celebração do sacramento da penitência, peregrinando sem descanso por montes e aldeias, trabalhou incansavelmente para a renovação da fé católica nos seus habitantes. († 1640)

9. Na fortaleza de Mercués, Cahors, na França, o passamento do Beato Alano de Solminihac, bispo de Cahors, que, nas suas visitas pastorais, procurou promover a correção dos costumes do povo e trabalhou com grande zelo apostólico para a renovação da Igreja a ele confiada.(† 1659)

10. Em Paris, na França, Santa Catarina Labouré, virgem, que venerou de modo singular a Imaculada Mãe de Deus e resplandeceu pela sua simplicidade, caridade e paciência. († 1876)

11. Em Cágliari, Itália, a Beata Josefina Nicoli, virgem, († 1924)