São Patrício, Bispo, Apóstolo da Irlanda

Nasceu na Grã-Bretanha e, com 16 anos, foi capturado e vendido com escravo para a Irlanda. Por duas vezes, Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez, seis anos mais tarde, conseguiu escapar e voltar à sua terra natal.

Começou então uma vida religiosa e quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão na Irlanda, o Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a “Ilha Verde”, no ano 432.

Tornou-se apóstolo, como Padre e Bispo, de toda a Irlanda. Além de converter os chefes dos diversos clãs, ele ainda criou os mosteiros, como centros de irradiação do cristianismo e da cultura. Converteu centenas de pessoas, muitas delas se tornaram monges, missionários por toda a Europa.

Para explicar como a Santíssima Trindade era três e um ao mesmo tempo utilizava o trevo de três folhas e por isso o mesmo tem papel importante na cultura Irlandesa. Foi incentivador do modo particular de se celebrar o sacramento da Confissão (Reconciliação), tal como o conhecemos hoje, visto que antes o mesmo era realizado de forma comunitária. Um século mais tarde essa prática propagou-se pelo resto da Europa.

Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários.

O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.

A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heroicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.

Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: “um só Deus em três pessoas”.

A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda.

Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro.

São Patrício, rogai por nós!

Oração – São Patrício, roga por nós a Cristo, Nosso Deus,pela remissão dos nossos pecados.Que teu exemplo de vida desperte em nossos corações a fé e a humildade. Amém.

Patrício: Significa “patrício”, “da mesma pátria”, “compatriota”, “conterrâneo”, “nobre”. Tem origem no nome do latim Patricius, que significa “patrício”

 

Com Santa Gertrudes de Nivelles, Abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do Bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens.

 

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 17

São Patrício, bispo, que, ainda jovem, foi levado prisioneiro da Bretanha para a Irlanda. Tendo recuperado a liberdade, quis abraçar o estado clerical e regressou à mesma ilha, onde, eleito bispo, anunciou com grande zelo o Evangelho ao povo e organizou com firmeza a sua Igreja, até que, em Down, cidade da Irlanda, adormeceu no Senhor.(† 461)

2. A comemoração de numerosos santos mártires em Alexandria, no Egito, que, no tempo do imperador Teodósio, quando crescia o número de cristãos, foram presos pelos adoradores de Serápis e, como recusassem firmemente adorar o ídolo, foram cruelmente assassinados.(† c. 392)

3. Em Chalons-sur-Saône, na Borgonha da Gália, na atual França, Santo Agrícola, bispo, que governou esta Igreja durante quase dez lustros e a consolidou com vários concílios.(† 580)

4. Em Nivelles, no Brabante, atualmente na Bélgica, Santa Gertrudes, abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens e dirigiu com sabedoria o mosteiro construído por sua mãe, mantendo-se sempre assídua à leitura da Sagrada Escritura e perseverante na austeridade das vigílias e do jejum.(† 659)

5. Na ilha de Chipre, São Paulo, monge e mártir, que, por defender o culto das sagradas imagens, foi lançado às chamas.(† c. 770)

6. Em Modugno, perto de Bári, na Apúlia, região da Itália, o Beato Conrado, que levou vida eremítica na Palestina, habitando até à morte numa miserável gruta.(† c. 1154)

7. Em Olomouc, localidade da Morávia, na atual Chéquia, São João Sarkander, presbítero e mártir, que, sendo pároco de Holesov e recusando revelar segredos da confissão, foi condenado ao suplício da roda e encerrado ainda com vida no cárcere, onde morreu um mês depois.(† 1620)

8. Na região dos Hurões, no Canadá, a paixão de São Gabriel Lalemant, presbítero da Companhia de Jesus, que, depois de ter difundido com grande zelo a glória de Deus no idioma do povo, foi violentamente torturado por adoradores dos ídolos com crudelíssimos suplícios. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros.(† 1649)

10. Em Catumbi, no Brasil, a Beata Maria Bárbara da Santíssima Trindade (Bárbara Maix), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.(† 1873)

11. Em Málaga, na Espanha, o Beato João Nepomuceno Zegri y Moreno, presbítero, que consagrou o seu ministério ao serviço da Igreja e das almas e, para melhor procurar a glória de Deus Pai em Cristo, fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de Nossa Senhora das Mercês.(† 1905)