São Nicolau de Tolentino, Presbítero

Seus pais eram pouco favorecidos em relação a bens de fortuna.

Homem de rigorosíssima abstinência e assídua oração, severo para consigo e clemente para com os outros. Foi um asceta de sorriso amável e longos jejuns

Possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes.

Ordenado sacerdote em 1269, após seis anos de peregrinações por várias cidades, teve morada definitiva em Tolentino, onde desenvolveu o seu apostolado principalmente no confessionário.

No altar, seu rosto inflamava-se de amor e abundantes lágrimas lhe corriam dos olhos. Convencidos da sua grande santidade, todos faziam questão de assistir à missa rezada por ele.  As secretas comunicações entre sua alma e Deus, sobretudo quando saía do altar ou do confessionário, faziam-lhe saborear por antecipação as delícias da beatitude celeste.

A sua santificação pessoal amadureceu na sombra. Sob seu modesto burel, o exemplar religioso teceu ao longo da sua vida a preciosa trama da santidade, a ponto de exclamar na hora da morte: “Vejo meu Senhor Jesus Cristo, sua Mãe e Santo Agostinho, que me dizem: ‘Bravo, servo bom e fiel'”.

Ninguém, tanto em particular como em público, conseguia resistir à insinuante doçura de suas palavras . Foi favorecido com várias visões, e operou diversos milagres.

Quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.

São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!

 Oração – Oh! glorioso Taumaturgo e Protetor das almas do purgatório, São Nicolau de Tolentino! Com todo o afeto de minha alma te rogo que interponhas tua poderosa intercessão em favor dessas almas benditas, conseguindo da divina clemência a remissão de todos os seus delitos e suas penas, para que saindo daquele tenebroso cárcere de dores, possam a ter no céu a visão beatífica de Deus.

 

 

Com Santo Autberto, Bispo, por cuja iniciativa se desenvolveu o culto de São Miguel Arcanjo na ilha do Mont-St Michel.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Em Alexandria, no Egito, São Nemésio, que, caluniosamente denunciado de ser ladrão, foi absolvido deste crime; mas depois, durante a perseguição do imperador Décio, acusado perante o juiz Emiliano de ser cristão, foi submetido a numerosas torturas e condenado à fogueira com outros ladrões, à semelhança do divino Salvador, que suportou a cruz com os ladrões.(† 251)

2. Comemoração dos santos Nemesiano e companheiros Félix, Lúcio, outro Félix, Liteu, Poliano, Vítor, Jáder e Dativo – bispos, presbíteros e diáconos –, que, na África Setentrional, durante a violenta perseguição no tempo dos imperadores Valeriano e Galieno, por Cristo foram duramente flagelados, depois encadeados e enviados para as minas, onde, entretanto, eram exortados com cartas de São Cipriano a suportar firmemente o cativeiro e a observar os mandamentos do Senhor.(† 257-258)

3. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santa Pulquéria, que defendeu e propagou a verdadeira fé.(† 453)

4. Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Agábio, bispo.(† s. V)

5. Em Albi, na Aquitânia, atualmente na França, São Sálvio, bispo, que do claustro foi chamado para esta sede contra a sua vontade e, durante a epidemia da peste, como bom pastor, nunca abandonou a cidade.(† 584)

6. Próximo de Speyer, na Renânia da Austrásia, atualmente na Alemanha, a paixão de São Teodardo, bispo de Tongres e mártir, que foi morto quando se dirigia ao rei Quilderico.(† c. 670)

7. Em Avranches, na Nêustria, hoje na França, Santo Autberto, bispo, por cuja iniciativa se desenvolveu o culto de São Miguel Arcanjo na ilha de Mont-Tombe.(† c. 725)

8. No mosteiro de Lucédio, junto de Vercelas, no Piemonte, região da Itália, o Beato Oglério, abade da Ordem Cisterciense.(† 1214)

9. Em Tolentino, no Piceno, hoje nas Marcas, também região da Itália, São Nicolau, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que era homem de rigorosíssima abstinência e assídua oração, severo para consigo e clemente para com os outros, e muitas vezes impunha a si mesmo a satisfação do pecado dos outros.(† 1305)

10. Em Nagasáki, no Japão, os beatos Sebastião Kimura, da Companhia de Jesus, e Francisco Morales, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e cinquenta companheiros[1], mártires, – presbíteros, religiosos, esposos, jovens, catequistas, viúvas e crianças – que, numa colina, diante de uma grande multidão, sofreram crudelíssimos tormentos e morreram por Cristo.

[1] São estes os seus nomes: Ângelo Orsúcci, Afonso de Mena, José de São Jacinto de Salvanés, Jacinto Orfanel, presbíteros da Ordem dos Pregadores, e Domingos do Rosário e Aleixo, religiosos da mesma Ordem; Ricardo de Santa Ana e Pedro de Ávila, presbíteros da Ordem dos Frades Menores, e Vicente de São José, religioso da mesma Ordem; Carlos Spínola, presbítero da Companhia de Jesus, e Gonçalo Fusai, Antônio Kiuni, Tomás do Rosário, Tomás Akahoshi, Pedro Sampo, Miguel Shumpo, Luís Kawara, João Chugoku, religiosos da mesma Ordem; Leão de Satsuma, Luzia de Freitas; Antônio Sanga, catequista, e Madalena, esposos; Antônio Coreano, catequista, e Maria, esposos, com seus filhos João e Pedro; Paulo Nagaishi e Tecla, esposos, com seu filho Pedro; Paulo Tanaka e Maria, esposos; Domingos Yamada e Clara, esposos; Isabel Fernández, viúva do Beato Domingos Jorge, com seu filho Inácio; Maria, viúva do Beato André Tokuan; Inês, viúva do Beato Cosme Takeia; Maria, viúva do Beato João Shoun; Dominga Ogata, Maria Tanaura, Apolônia e Catarina, viúvas; Domingos Nakano, filho do Beato Matias Nakano; Bartolomeu Kawano Shichiemon; Damião Yamichi Tanda e seu filho Miguel; Tomás Shichiro, Rufo Ishimoto, Clemente (Bósio) Vom e seu filho Antônio.(† 1622)

11. Em Londres, na Inglaterra, Santo Ambrósio Eduardo Barlow, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que durante vinte e quatro anos confirmou na fé e na piedade os católicos da região de Lencastre e, preso quando pregava no dia da Páscoa do Senhor, durante o reinado de Carlos I, foi condenado à morte por causa do sacerdócio e enforcado no patíbulo de Tyburn.(† 1641)

12. Num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Tiago Gagnot, presbítero da Ordem dos Carmelitas e mártir, que, durante a Revolução Francesa, encerrado na sórdida galera em condições desumanas por causa do sacerdócio, enquanto assistia aos companheiros de cativeiro enfermos, morreu consumido pela enfermidade.(†1794)

13. Em Madrid, na Espanha, o Beato Leôncio Arce Urrútia, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, pelo seu inquebrantável testemunho de Cristo alcançou vitoriosamente o reino celeste.(† 1936)