São Marcos Evangelista, Apóstolo, Mártir

Marcos e Maria viviam em Jerusalém

Admite-se que o autor do Segundo Evangelho, de Marcos – e o primo de Barnabé, de que se fala nos Atos e nas Epístolas – sejam uma só e mesma pessoa. Marcos e Maria viviam em Jerusalém. A sua casa servia de local de reunião dos primeiros cristãos. Discípulo de São Paulo, esteve ao seu lado quando este ficou preso em Roma. Foi também discípulo de São Pedro: “a que (Igreja) está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, o meu filho” (1 Pedro 5,13s.).

O evangelho de Marcos foi escrito por volta dos anos 60/70 e dirigido aos cristãos de Roma

Santo Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria atribuem decididamente a Marcos, discípulo e intérprete de São Pedro, o segundo Evangelho. E segundo os críticos modernos, o evangelho de Marcos foi escrito por volta dos anos 60/70 e dirigido aos cristãos de Roma

O Evangelho de São Marcos é o mais curto, mas especial

O Evangelho de São Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança.

Sobrinho de São Barnabé

Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de São Pedro, embora tenha sido também assistente de São Paulo e São Barnabé, de quem era sobrinho.

Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, nela, também, os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo

Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio São Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a Eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.

Prestou serviço a são Paulo, em sua primeira prisão

Mais tarde, Marcos acompanhou São Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.

Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de São Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas.

Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja “voz clama no deserto”. Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.

Viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria

Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que São Marcos, depois da morte de São Pedro e São Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram.

Foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa

Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.

São Marcos Evangelista, rogai por nós!

Oração – Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, que deu a seu discípulo Marcos a graça do apostolado cristão e a narração do seu Santo Evangelho. Amém.

O nome Marcos tem origem no latim Marcus, que deriva de Mars “Marte”, o deus romano da guerra. Significa “relativo a Marte” ou “guerreiro”.

 

Com São Febádio, Bispo, que escreveu um livro contra os arianos e protegeu o seu povo da heresia.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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Festa de São Marcos, Evangelista, que, depois de ter acompanhado São Paulo no seu apostolado em Jerusalém, seguiu os passos de São Pedro, por ele chamado filho, e, segundo a tradição, reuniu no Evangelho a catequese de São Pedro aos Romanos e fundou a Igreja de Alexandria.

2. Comemoração de Santo Aniano, bispo de Alexandria, no Egito, que, segundo o testemunho de Eusébio, no oitavo ano do imperador Nero, foi o primeiro bispo desta cidade depois de São Marcos e a dirigiu durante vinte e dois anos, como homem de Deus e em todos os sentidos admirável.(† c. 67)

3. Em Doróstoro, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, os santos Pasícrates e Valenciano, mártires, que, pela confissão da fé em Cristo como único Deus, submeteram corajosamente a cabeça à espada. († c. 302)

4. Em Agen, na Aquitânia, hoje na França, São Febádio, bispo, que escreveu um livro contra os arianos e protegeu o seu povo da heresia.(† c. 393)

5. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santo Estêvão, bispo e mártir, que sofreu muitos ataques dos hereges que se opunham ao Concílio de Calcedônia e, no tempo do imperador Zenão, foi precipitado no rio Orontes, onde morreu afogado.(† 479)

6. Em Vienne, na Borgonha, na atual França, São Clarêncio, bispo.(† s. VII)

7. Em Lobbes, no Brabante da Austrásia, no território da atual Bélgica, Santo Ermino, abade e bispo, intensamente aplicado à oração e dotado do espírito de profecia, que sucedeu a Santo Usmaro.(† 737)

8. Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, Santa Franca, abadessa, que decidiu entrar na Ordem Cisterciense e passava frequentemente toda a noite em oração na presença de Deus.(† 1218)

9. Em Aosta, nos Alpes Graios, atualmente na Itália, o Beato Bonifácio Valperga, bispo, insigne pela sua caridade e humildade.(† 1243)

10. Na ilha de Wight, na Inglaterra, os beatos Roberto Anderton e Guilherme Marsden, presbíteros e mártires, que foram condenados à morte, na perseguição da rainha Isabel I, por terem entrado, embora por naufrágio, como sacerdotes na Inglaterra e aceitaram com firmeza e paz de alma o martírio.(† 1586)

11. Em Antígua, próximo da cidade de Guatemala, na América Central, São Pedro de São José Betancur, irmão da Ordem Terceira de São Francisco, que, sob o patrocínio de Nossa Senhora de Belém, se dedicou arduamente a socorrer os órfãos, os mendigos, os jovens incultos e rejeitados, os emigrantes e os condenados a trabalhos forçados.(† 1667)

12. Em Remedello, localidade da província de Brescia, na Itália, São João Piamarta, presbítero, que, enfrentando graves adversidades, fundou em Brescia o Instituto dos Pequenos Artesãos e, nas proximidades de uma colônia agrícola, para que os jovens recebessem uma educação religiosa e a aprendizagem de um ofício, fundou também a Congregação da Sagrada Família de Nazaré.(† 1913)

13. Em Guanato, no México, os beatos mártires André Solá y Molist, presbítero Claretiano, José Trindade Rangel Montano, presbítero, e Leonardo Pérez Lários.(† 1927)