São Marcelino e São Pedro

 

Deram o seu testemunho de fé durante a perseguição do Imperador Diocleciano, por volta do ano 304.

Marcelino era sacerdote e Pedro cumpria o ministério de exorcista.

São Dâmaso afirma que, quando era menino, ouviu do próprio carrasco dos santos o relato da morte deles.

Assim registrou o depoimento do carrasco: “Marcelino e Pedro, escutai a história do vosso triunfo. Quando eu era menino, o próprio carrasco contou-me, a mim Dâmaso, que o perseguidor furioso ordenara que vos fossem cortadas as cabeças no meio dum bosque, para ninguém saber onde estavam os vossos corpos. Mas vós, triunfantes, com as vossas próprias mãos vos preparastes esta sepultura, onde agora descansais.

Depois de terdes descansado por breve tempo numa Selva Branca, revelastes a Lucila que teríeis gosto em descansar aqui”.

Santos Marcelino e Pedro, rogai por nós!

Oração – Deus todo-poderoso, dá-me a exemplo dos mártires São Marcelino e São Pedro, crer em Ti, abandonar-me a Ti, confiar em Ti. Amém

Marcelino: Significa “de Marcelo”, “pertencente a Marcelo”. A partir do latim Marcellinus, é uma forma relativa de Marcelo que tem origem no latim Marcellus, um diminutivo de Márcio, e significa “pequeno guerreiro, pequeno marcial”.

 

 

Com São Nicolau, peregrino, natural da Grécia, que percorria esta região levando na mão uma cruz e repetindo sem cessar: «Kyrie eléison».

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

2

Os santos mártires Marcelino, presbítero, e Pedro, exorcista, de quem o papa São Dâmaso conta que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, condenados à morte e conduzidos ao lugar do suplício no meio da floresta, foram obrigados a cavar com as próprias mãos a sua sepultura, para que os corpos ficassem ocultos a toda a gente; mas uma piedosa mulher, chamada Lucina, inumou dignamente os seus santos corpos em Roma, junto à Via Labicana, no cemitério “ad Duas Lauros”.(† c. 304)

2. Em Lião, na Gália, atualmente na França, os santos mártires Potino, bispo, e Blandina, com quarenta e seis companheiros[1], cujos valorosos e repetidos combates, durante a perseguição do imperador Marco Aurélio, foram referidos na carta que a Igreja de Lião enviou à Igreja da Ásia e da Frígia. Entre eles, Potino, bispo nonagenário, expirou pouco tempo depois de ser encarcerado; dos outros cristãos condenados, uns morreram também no cárcere, outros foram reunidos no meio da arena para espetáculo de milhares de pessoas; os que tinham sido identificados como cidadãos romanos pereceram decapitados e os restantes expostos às feras. Finalmente, Blandina, suportando prolongados e cruéis tormentos, foi degolada, seguindo os passos daqueles a quem antes exortava a alcançar a palma do martírio.

[1] São estes os seus nomes: Zacarias presbítero, Vécio Epagato, Macário, Asclibíades, Silvio, Primo, Úlpio, Vital, Comino, Outubro, Filomeno, Gémino, Júlia, Albina, Grata, Emília, Potâmia, Pompeia, Ródana, Bíblis, Quárcia, Materna, Hélpis; Santo, diácono; Maturo, neófito; Átalo, natural de Pérgamo; Alexandre, natural da Frígia; Pôntico, Isto, Aristeu, Cornélio, Zósimo, Tito, Júlio, Zótico, Apolónio, Geminiano, outra Júlia, Ausona, outra Emília, Jámnica, outra Pompeia, Dona, Justa, Trófima, Antónia.(† 177)

3. Em Fórmia, região da Itália, Santo Erasmo, bispo e mártir.(† c. 303)

4. Em Roma, junto de São Pedro, Santo Eugênio I, papa, que sucedeu a São Martinho, mártir.(† 657)

5. Junto ao Bósforo, na Propôntide, atualmente na Turquia, o passamento de São Nicéforo, bispo de Constantinopla, acérrimo defensor das tradições paternas, que se opôs tenazmente ao imperador iconoclasta Leão o Armênio, em favor do culto das imagens sagradas; expulso da sede episcopal, foi afastado por longo tempo para um mosteiro, de onde partiu serenamente ao encontro do Senhor.(† 629)

6. Em Ácqui, no Piemonte, região da Itália, São Guido, bispo.(† 1070)

7. Em Tráni, na Apúlia, também região da Itália, São Nicolau, peregrino, natural da Grécia, que percorria esta região levando na mão uma cruz e repetindo sem cessar: «Kyrie eléison».(† 1094)

8. Em Sandomierz, junto ao rio Vístula, na Polônia, os beatos mártires Sadoc, presbítero, e quarenta e oito companheiros, da Ordem dos Pregadores, que, segundo a tradição, foram mortos pelos Tártaros, enquanto cantavam a «Salve, Regina», saudando na sua hora da morte a Mãe da Vida.(† 1250)

9. Em Au Thi, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São Domingos Ninh, mártir, jovem agricultor, que, recusando pisar a cruz do Salvador, foi decapitado no tempo do imperador Tu Duc.(† 1862)