Mágicos sem escrúpulos
Diz-se que Luciano e Marciano eram mágicos e tanto davam fórmulas para o êxito no amor, como no ódio, conforme o desejasse o consulente.
Certa vez, procurava alguém fazer mal a uma virgem consagrada a Deus, mas todos os sortilégios foram em vão. O próprio demônio avisou-lhe de que era inútil prosseguir, porque a jovem tinha a defesa de Nosso Senhor, ao qual tudo estava sujeito.
Queimaram todos os livros de magia que possuíam
Sem titubear, queimaram todos os livros de magia que possuíam e procuraram instruir-se para receber aquele batismo que muitos buscavam às escondidas.
Ambos se retiraram ao deserto, depois de batizados, e, da solidão, às vezes saiam para pregar o Evangelho.
Pagãos derrotados os denunciam
Ora, alguns pagãos, inconformados com aquela reviravolta, não tardaram a denunciá-los ao pro cônsul Sabino. Era, então, no princípio da perseguição que o imperador Décio empreendia.
Enquanto eram conduzidos ao lugar de execução, os dois rendiam graças a Deus, a uma só voz, dizendo:
A ti a glória, a ti também a nossa alma e o nosso espírito
A Ti, Senhor Jesus, nossos louvores imperfeitos, a Ti, que nos tiraste, vis e celerados, do erro dos pagãos, para nos conduzires a este suplício glorioso, a fim de que rendêssemos glória ao teu nome e entrássemos na companhia dos teus santos.
A Ti o louvor, a Ti a glória, a Ti também a nossa alma e o nosso espírito.
Queimados vivos
Quando acabaram de pronunciar a oração, os carrascos atearam o fogo, e assim, os veneráveis mártires terminaram o combate e mereceram participar da Paixão de Jesus Cristo.
São Luciano e São Marciano, rogai por nós!
Oração – Santos Luciano e Marciano, que resististes às promessas do mundo feitas pela autoridade pagã, ajudai-nos, não só a sermos firmes na fé, mas que tenhamos ela sempre aumentada. Amém!
Luciano: Significa “da natureza do luminoso”, “nascido na luz”. Luciano tem origem a partir do latim Lucianus, um nome de família romana, que deriva do nome Lúcio e quer dizer “de Lúcio”, “pertencente a Lúcio”, “da natureza de Lúcio”.
Com São Ceda, irmão de São Ceada, que foi ordenado bispo dos Saxões orientais por São Finano e lançou entre eles os fundamentos da Igreja.
Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia
26/10
1. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Luciano e Marciano, mártires, que, segundo a tradição, no tempo do imperador Décio, por ordem do procônsul Sabino, foram queimados vivos, († c. 250)
2. Em Cartago, Tunísia, a comemoração de São Rogaciano, presbítero, a quem, no tempo do imperador Décio, São Cipriano confiou a administração da Igreja de Cartago, e que, juntamente com São Felicíssimo, suportou torturas e cárceres pelo nome de Cristo, († s. III)
3. Em Estrasburgo, na Germânia, atualmente na França, Santo Amando, que é considerado o primeiro bispo desta cidade, († s. IV)
4. Em Narbona, no litoral da Gália, também na atual França, São Rústico, bispo, que, estando na intenção de abandonar a sua função para se retirar à vida de silêncio, foi convencido pelo papa São Leão Magno à santa perseverança e, assim confortado, permaneceu no ministério que lhe fora confiado e nos encargos assumidos, († c. 461)
5. Em Angoulème, na Aquitânia, hoje também na França, Santo Aptónio, bispo, († c. 567)
6. Em Lastingham, na Nortumbria, região da Inglaterra, São Ceda, irmão de São Ceada, que foi ordenado bispo dos Saxões orientais por São Finano e lançou entre eles os fundamentos da Igreja, († 664)
7. Em Hexham, também na Nortumbria, Santo Eata, bispo, homem sumamente afável e simples, que regeu vários cenóbios e Igrejas, até que, ao regressar a Hexham, foi eleito bispo e abade, ministério que exerceu sabiamente, sem nunca deixar a sua vida ascética, († c. 616)
8. Em Metz, na Austrásia, atualmente na França, São Sigebaldo, bispo, fundador de vários mosteiros, († 741)
9. No mosteiro de Heresfeld, na Alemanha, o sepultamento de São Vita ou Albuíno, primeiro bispo de Bürberg, que, oriundo da Inglaterra, foi chamado por São Bonifácio e enviado para Hessen, com a missão de semear nesta região a palavra divina, († c. 786)
10. Na Escócia, São Beano, bispo de Mortlach, († c. 1032)
11. Em Pavia, na Lombardia, região da Itália, São Fulco, bispo, natural da Escócia, homem de paz, zelo apostólico e insigne caridade, († 1229)
12. Em Réggio Emília, também na Itália, o Beato Damião Furchéri, presbítero da Ordem dos Pregadores, egrégio arauto do Evangelho, († 1484)
13. Em Ravello, próximo de Amálfi, na Campânia, também região da Itália, o Beato Boaventura de Potenza, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que se distinguiu pela sua obediência e caridade, († 1711)
14. Em Cracóvia, na Polônia, a Beata Celina Chludzindska Borzecka, religiosa, fundadora da Congregação das Irmãs da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, († 1913)