Natural de Nápoles ou talvez de Benevento, nasceu na segunda metade do século III.
Aos trinta anos, já era Bispo da cidade, onde era amado pelos fiéis e respeitado pelos pagãos, por suas obras de caridade para com os pobres, sem nenhuma distinção.
Transcorria o primeiro período do império de Diocleciano, quando os cristãos tinham certa liberdade de culto e podiam até ocupar altos cargos civis,mas, no ano 303, tudo mudou e os cristãos eram vistos como inimigos a serem eliminados.
Segundo o costume, por ocasião da execução dos mártires, uma mulher, Eusébia, chegou ao lugar da morte de Januário e recolheu, em duas ampolas, o sangue derramado pelo Bispo, já em odor de santidade. Ela as entregou ao Bispo de Nápoles, que mandou construir duas capelas em homenagem ao sagrado traslado: São Januarinho em Vômero e São Januário em Antignano.
A relíquia do seu sangue, foi exposta, pela primeira vez, em 1305. Porém, o milagre do seu sangue, que parece quase ferver e voltar ao estado líquido, permanecendo até a oitava seguinte, ocorreu, pela primeira vez, em 17 de agosto de 1389, após uma grande escassez. Hoje, o milagre se repete três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, para comemorar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo.
A ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso.
As duas ampolas estão conservadas em uma teca de prata, por desejo de Roberto d’Anjou (Rei de Nápoles e de Jerusalém), na Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles.
São Januário, rogai por nós!
Com Santa Maria Emília de Rodat, Virgem, Fundadora da Congregação da Santa Família