São Guido de Pomposa, Abade, Bispo,

Páscoa da Ressurreição

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
Atos 10,34-43 ; Sal 117 ; Col 3,1-4 ; Jo 20,1-9

Recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão

Nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

Era um modelo tão perfeito de virtudes

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

Dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exercê-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

São Guido de Pomposa, rogai por nós!

Oração – São Guido, modelo de perfeição nas virtudes e de músico ajudai-nos a compreender o papel da beleza na evangelização. Amém

Guido: Significa “do bosque”, “da floresta”, “filho de Guy” ou “pérola”. Abreviação familiar de Widukind, ”nascido no mato”.

 

Santa Balbina, filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu- se à fé cristã e foi batizada pelo Papa Alexandre, jurando voto de virgindade.

 

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

Março 31

1. Em Argol, localidade da antiga Pérsia, hoje no Irão, São Benjamim, diácono, que, por persistir em pregar a palavra de Deus, no reinado de Vararane V, torturado com canas agudas cravadas nas unhas, consumou o seu martírio.(† c. 420)

2. Em Roma, a comemoração de Santa Balbina, cuja basílica no monte Aventino testemunha a veneração do seu nome.(† a. 595)

3. Em Colônia, na Austrásia, atualmente na Alemanha, Santo Agilolfo, bispo, ilustre pela sua pregação e santidade de vida.(† 751/752)

4. Em Borgo San Donino, localidade da província de Parma, na Itália, São Guido, abade do mosteiro de Pomposa, que, depois de ter recebido muitos discípulos e construído edifícios sagrados, se consagrou inteiramente à oração, à contemplação e ao culto divino, e quis viver no ermo para se concentrar só em Deus.(† 1046)

5. Em Toulouse, na França, a Beata Joana, virgem da Ordem das Carmelitas.(† s. XIV)

6. Em Údine, no território de Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, o Beato Boaventura de Forli, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, pregando em diversas regiões da Itália, exortou o povo à penitência e morreu octogenário durante uma pregação quaresmal.(† 1491)

7. Em Carlisle, na Inglaterra, a comemoração do Beato Cristóvão Robinson, presbítero e mártir, que foi testemunha do martírio de São João Boste e, passado algum tempo, no reinado de Isabel I, também ele, conduzido à forca em dia desconhecido, igualmente em ódio ao sacerdócio recebeu a coroa de glória.(† 1597)

8. Em Ravensbrück, localidade da Alemanha, a Beata Natália Tulasiewicz, mártir, que, durante a ocupação militar da Polônia, sua pátria, depois de ter sido encerrada num campo de concentração por sequazes duma nefasta doutrina hostil à dignidade humana e à fé, com a inalação de gás letal entregou a alma a Deus.(† 1945)