Nasceu em Roma no ano de 540. A família Anícia, à qual pertencia, era uma das principais de Roma. Quando seu pai morreu, Gregório, ainda muito jovem, era prefeito da cidade.
Roma desabava no caos e com ela agonizava toda uma civilização. Como as furiosas e ritmadas ondas de um mar borrascoso irrompem com violência sobre as areias da praia, sucessivas hordas de invasores assolaram, durante mais de 150 anos, a península italiana.
Os rumos da história mudaram quando um monge beneditino foi escolhido Papa. Era Gregório I, a quem a História qualificou de “Magno”
Entre as tempestades da época não faltou a peste. A primeira vítima colhida em Roma pela peste foi o Papa Pelágio II, que morreu a 5 de Fevereiro de 590 e foi enterrado em São Pietro. O clero e o senado romanos elegeram Gregório como seu sucessor.
Promoveu uma procissão de toda a população romana, dividida em sete cortejos, de acordo com sexo, idade e condição. A procissão movida desde várias igrejas de Roma até a Basílica do Vaticano, foi acompanhada com o canto das ladainhas. No curto espaço de uma hora, oitenta pessoas caíram mortas.
O Papa, olhando para cima, viu no topo do Castelo um Anjo que, depois de secar a espada que pingava sangue, colocou-a na bainha, como um sinal da cessação da punição.
O historiador protestante Harnack admira “a sabedoria, a justiça, a mansidão, a força de iniciativa, a tolerância” e Bossuet considera-o o “modelo perfeito de como se governa a Igreja”.
É considerado um dos mais célebres Papas da história da Igreja. Seu pontificado durou 14 anos e está marcado por coisas incríveis:
– Organiza a defesa de Roma ameaçada por Aginulfo, com quem reata depois relações de boa vizinhança;
– Administra os bens públicos com religiosa equidade, suprindo o descanso dos funcionários imperiais;
– Favorece o progresso dos agricultores eliminando todo o resíduo de escravidão da gleba;
– É o primeiro a usar o nome de servo dos servos de Deus.
O epistolário (848 cartas conhecidas) e as homilias ao povo dão-nos farto testemunho de suas múltiplas atividades, deixando a sua marca em toda parte: lembramos por exemplo, o campo litúrgico, com a promoção do canto gregoriano, o direito canônico, a vida ascética monacal, a pastoral e o apostolado leigo.
A sua familiaridade com a Sagrada Escritura aparece nas Homilias sobre Ezequiel e sobre o Evangelho .
Era admirador excepcional de São Bento, fundou sete mosteiros, seis na Sicília e um em Roma.
São Gregório Magno, rogai por nós!
Oração – Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Gregório Magno governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação
Gregório: Significa “o acordado”, “o vigilante”, “o alerta”. Tem origem no nome grego Gregórios, derivado de gregoréo, que quer dizer “vigiar”
Com Santa Febe, serva do Senhor, que auxiliou muito São Paulo, como ele confirma na Epístola aos Romanos.
Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Basilissa, virgem e mártir, († s. IV)
Em Córdova, na Hispânia Bética, São Sandálio, mártir, († s. IV)
Em Toul, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Mansueto, bispo, († s. IV)
No monte Titano, próximo de Rímini, no território que hoje na península itálica tem o seu nome, São Marino, diácono e anacoreta, († s. IV/V)
Na Irlanda, São Macanísio, bispo, († 514)
Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Auxano, bispo, († c. 589)
Em Montesárquio, na Campânia, também na Itália, São Vitaliano, bispo, († s. VII/VIII)
No mosteiro de Stavelot, no Brabante, Bélgica, São Rimágilo, bispo e abade, († c. 671-679)
Na ilha de Lérins, na Provença, atualmente na França, Santo Aigulfo, abade, e companheiros monges, († c. 675)
Em Séez, na Nêustria, França, São Crodogango ou Crodegango, bispo e mártir, († s. VIII)
No território de Astino, na Lombardia, Itália, o Beato Guala, bispo de Bréscia, († 1244)
Em Nagasáki, no Japão, os beatos Bartolomeu Gutiérrez, presbítero e cinco companheiros, mártires, imersos em águas sulfúrias a ferver e depois lançados ao fogo, († 1632)
Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Brígida de Jesus Morello, viúva, fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada, († 1679)
Em Paris, na França, a paixão dos beatos André Abel Alricy, presbítero, e setenta e um companheiros, mártires, entre os quais muitos presbíteros, Revolução Francesa, († 1792)
Paris, no mesmo dia e ano, os beatos mártires João Baptista Bottex, Miguel Maria Francisco de la Gardette e Francisco Jacinto le Livec de Trésurin, († 1792)
Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos João Pak Hu-jae e cinco companheiras, mártires, degolados, († 1839)