São Francisco Xavier, Presbítero, Apóstolo das  Índias

 

Conhecido como “São Paulo do Oriente”. Nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris.

Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou.

Era Inácio que sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo e Francisco era alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa.

Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Inácio, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: “De que vale um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?” (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco recebeu a ordenação sacerdotal e celebrou sua primeira Missa com trinta e um anos, tornando-se cofundador da Companhia de Jesus.

Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar.

O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Viajando de Amboino a Baranura, de barco, começa violenta tempestade. Para acalmar a fúria marítima, Pe. Francisco quer tocar nas águas seu crucifixo. No entanto, este escorrega de sua mão, e… Lamenta a perda, pois essa cruz tinha operado muitos prodígios.

Passado um dia inteiro, chegam ao destino. Na praia, Xavier e um português vêem aproximar-se um grande caranguejo.

Adivinhe o que ele traz nas garras… Vai direto a Xavier, que, comovido, se ajoelha, pega o crucifixo, beija-o com todo amor. O caranguejo dá meia volta e vai ‘pra casa’, contente por ter devolvido ao dono a cruzinha milagrosa.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade.

A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, São Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de “são Paulo do Oriente”.

São Francisco Xavier, rogai por nós!

Oração – Tomai Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é Vosso, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta.

 

Com São Sofonias, Profeta, que, nos dias de Josias, rei de Judá, anunciou a ruína dos ímpios no dia da ira do Senhor e fortaleceu os pobres e indigentes na esperança da salvação.

 

Martirológio Romano

Secretariado Nacional de Liturgia PT

Dez 03

2. Comemoração de São Sofonias, profeta, que, nos dias de Josias, rei de Judá, anunciou a ruína dos ímpios no dia da ira do Senhor e fortaleceu os pobres e indigentes na esperança da salvação.

3. Em Tânger, Marrocos, São Cassiano, mártir. († c. 300)

4. Em Winchester, na Inglaterra, o sepultamento de São Birino, que, enviado à Grã-Bretanha pelo papa Honório, foi o primeiro bispo de Dorchester e difundiu com grande diligência o anúncio da salvação entre os Saxões ocidentais. († c. 650)

5. Em Chur, Suíça, São Lúcio, eremita. († s. VI/VII)

6. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Eduardo Coleman, mártir, que, por ter abraçado a fé católica, foi enforcado em Tyburn e, ainda com vida, esquartejado. († 1678)

7. Em Trento, Itália, o Beato João Nepomuceno De Tschiderer, bispo, que administrou esta Igreja com evangélico ardor de fé, († 1860)

8. Em Paracuellos del Jarama, Espanha, os beatos Francisco Fernández Escosura e Manuel Santiago Santiago, religiosos da Ordem dos Pregadores e mártires, que, durante a perseguição religiosa, foram mortos em ódio à fé cristã. († 1936)

9. Em Linares, Espanha, o Beato Manuel Lozano Garrido (“Lolo”), fiel leigo, que soube irradiar com o seu exemplo e escritos o amor de Deus e a grandeza de alma, mesmo entre as moléstias que o tiveram sujeito a uma cadeira de rodas durante quase vinte e oito anos e no final da vida também perdeu a vista, mas conseguiu continuar a ganhar os corações para Cristo com alegria serena e inquebrantável. († 1971)