São Floriano, Oficial romano, Mártir

Nasceu na Alta-Áustria. Servia no Exército Imperial, das Legiões Romanas no II D.C. Era Oficial de administração quando se sentiu empolgado pelas verdades da nova fé cristã. Batizou-se. Continuou a servir o exército quando foi publicado o “édito de perseguição”.

De fato não era romano de nascimento pois nasceu numa região onde hoje é o território da Áustria. Durante a perseguição aos cristãos no reinado de Diocleciano, não negou sua fé e sabendo que o governador Aquilino martirizava quarenta cristãos em Lorch, onde era sede do governo , seguiu para lá cheio de coragem. No caminho, encontrou soldados que estavam à procura de cristãos e disse serenamente:

– “Aqui tendes um cristão, prendei-me e deixai os outros em paz”.

Levado à presença de Aquilino, confirmou a sua fé cristã e continuando em silêncio foi condenado. “Foi-lhe arrancada carne das espáduas e recebeu pauladas” e a sua condenação consistiu em ser lançado com uma pedra de moinho no rio Ens, que passa perto de Lorch.

Na ponte, os soldados deram ainda tempo para que Floriano encomendasse sua alma ao Senhor. Foi atirado de cabeça para baixo no rio. Uma piedosa mulher enterrou o corpo de São Floriano num terreno de sua propriedade, onde mais tarde erigiu-se sobre o seu túmulo uma igreja e após, no local, um convento de Beneditinos, destruído pelos bárbaros. O Bispo Angelerto de Passau ergueu no local uma nova igreja e deu-a aos cônegos de Santo Agostinho. Esta bela abadia está situada na baixa Áustria próximo de Lintz. Foi canonizado por volta do ano de 1100.

Suas relíquias foram transportadas para Roma. Sendo devolvidas à Polônia pelos prussianos no século XI, o rei Casimiro e Gedeão, Bispo da Cracóvia, pediu ao Papa Lúcio III algumas relíquias de mártires, entre outros, estavam as de São Floriano. Desde esta ocasião é o Padroeiro da Polônia e de outros países da Europa Central. Seu culto foi muito divulgado durante a Idade Média principalmente entre os soldados. É invocado sobretudo contra os incêndios: funda-se esta devoção no fato de um carvoeiro, tendo caído numa mina de carvão em meio às chamas, ter sido salvo por intermédio do santo que invocara.

Este fato e outros de sua vida estão representados numa série de quinze quadros que se encontram em uma igreja com seu nome, localizada entre as cidades de Lutz e Stira. O seu culto espalhou-se por toda a Europa e hoje é o Padroeiro dos Corpos de Bombeiros não só da Europa como nos Estados Unidos. A sua imagem é representada abraçando uma espécie de cântaro que deixa cair água sobre as habitações incendiadas.

São Floriano, rogai por nós!

Oração – “Ó Deus, que envia ao mundo homens e mulheres para nos lembrar que o seu amor está acima de todas as coisas, dai-nos, pela intercessão de São Floriano, buscar sempre a união convosco e com todas as pessoas de boa vontade. Amém.

Floriano: Significa “da natureza da flor”. Tem origem no nome do latim Florianus, derivado das palavras flos, floris, que quer dizer “flor”

 

Com Santa Santa Antonina, mártir, torturada barbaramente e atormentada por vários suplícios.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

4 maio

1. Em Cirta, na Numídia, hoje Constantine, na Argélia, a comemoração dos santos mártires Agápio e Secundino, bispos, que, durante a perseguição do imperador Valeriano, na qual se incitava mais veementemente o furor dos gentios para pôr à prova a fé dos justos, os ilustres sacerdotes, depois de longo exílio nesta cidade, tornaram-se gloriosos mártires. Com eles padeceram os santos Emiliano, soldado, Tertula e Antônia, sagradas virgens, e uma mulher anônima com os seus dois filhos.(† 258/259)

2. Em Niceia, na Bitínia, hoje İznik, na Turquia, Santa Antonina, mártir, que, torturada barbaramente e atormentada por vários suplícios, depois três dias pendurada e ainda dois anos presa no cárcere, finalmente, por ordem do governador Prisciliano, foi queimada na fogueira pela sua confissão de fé no Senhor.(† s III/IV)

3. Em Lorch, no Nórico Ripense, na atual Alemanha, São Floriano, mártir, que, no tempo do imperador Diocleciano, por ordem do prefeito Aquilino, foi lançado da ponte ao rio Enns com uma grande pedra ao pescoço.(† 304)

4. Nas minas de Fenon, na Palestina, onde estavam condenados, a paixão dos santos mártires Silvano, bispo de Gaza, e trinta e nove companheiros, que, durante a mesma perseguição, por ordem do imperador Maximino Daïa foram decapitados e alcançaram o glorioso martírio.(† c. 304)

5. Em Varsóvia, na Polônia, o Beato Ladislau de Gielniow, presbítero da Ordem dos Menores, que pregou com extraordinário zelo a Paixão do Senhor e a celebrou com piedosos hinos.(† 1505)

6. Em Londres, na Inglaterra, os santos presbíteros mártires João Houghton, Roberto Lawrence e Agostinho Webster, priores das Cartuxas de Londres, Bellavale e Haxholmie, e Ricardo Reynolds, da Ordem de Santa Brígida, que, por professarem intrepidamente a fé recebida dos santos Padres, foram arrastados ao suplício do esquartejamento no patíbulo de Tyburn durante o reinado de Henrique VIII. Com eles, também o Beato João Haile, pároco de Isleworth, junto da cidade, foi enforcado no mesmo patíbulo.(† 1535)

7. Em Tréveris, na Alemanha, o Beato João Martinho Moyë, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que na Lorena instituiu a Congregação das Irmãs da Providência e na China o Instituto das Virgens Docentes e, expulso da pátria no tempo da Revolução Francesa, trabalhou sempre ardorosamente animado pelo zelo das almas.(† 1793)