São Bernardo de Corleone, Penitente

De família temente a Deus

Nasce a 6 de Fevereiro de 1605 em Corleone (Itália), numa “família de santos”, dado que seu pai é tão misericordioso para com os miseráveis que os traz a casa, os lava, veste e alimenta com grande caridade.

E também seus irmãos e irmãs são muito virtuosos. Neste terreno fértil,  Filipe  (este  é  o  seu  nome  de Batismo) aprende a exercer a caridade e a amar tanto o Crucificado como a Virgem.

Uma falta o levou aos capuchinhos

Certo dia, ao ser provocado, fere o malfeitor no braço mas em seguida arrepende-se e pede-lhe perdão, tornando-se depois seu amigo. Este episódio amadurece a sua vocação religiosa, que ele abraça recebendo o hábito dos Frades capuchinhos no dia 13 de Dezembro de 1631, no noviciado de Caltanissetta.

Penitente e mortificado

A sua vida no mosteiro é simples e humilde, dado que o seu trabalho é quase exclusivamente na cozinha. Contudo, procura curar os doentes e exercer uma série de trabalhos suplementares, úteis para a comunidade.

Além disso, enriquece a sua vida espiritual com várias formas de penitência e de mortificação, demonstrando possuir uma personalidade doce e, ao mesmo tempo, forte.

Apaixonado pelo Eucaristia

Desenvolve-se nele também uma forte paixão pela Eucaristia, que recebe todos dias e, quando se encontra diante do Sacrário ou concentrado em oração, para ele o tempo deixa de existir. Além disso, à noite faz sempre companhia ao Santíssimo Sacramento, para que não permaneça sozinho, e sempre que é possível, ajuda o sacristão para poder ficar mais perto do Tabernáculo.

Como Moisés, consegue impedir grande calamidade em Palermo

A solidariedade para com os seus confrades chega a assumir uma dimensão social. Assim, em circunstâncias de calamidades naturais, como terremotos e furacões, em Palermo faz-se intermediário diante do Tabernáculo, lutando como Moisés:  “Senhor, desejo esta graça!”; o flagelo cessa, poupando uma catástrofe maior.

Morre cantando cânticos de louvor a Deus pela vida religiosa

Já no leito de morte, depois de receber a última bênção, entoa hinos de louvor ao Paraíso e recorda com êxtase o valor da disciplina, das vigílias, das penitências, da abnegação, da obediência, do jejum e do exercício de todas as perfeições religiosas para a sua vida de santidade. Entrega a alma a Deus na tarde de 12 de Janeiro de 1667.

São Bernardo de Corleone, rogai, por nós!

Oração – Senhor, que em São Bernardo de Corleone nos destes um modelo extraordinário de penitência evangélica, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de desprezar tudo o que é temporal e transitório, para sermos dignos da recompensa eterna. Amém.

Bernardo , do latim bernardus, Significa forte – Que tem força; valente; robusto – como um urso

 

Com São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Jan 12

1. Em Cesareia da Mauritânia, Cherchell,  Argélia, Santo Arcádio, mártir, que durante a perseguição se retirou num refúgio, mas, quando um seu familiar foi detido em seu lugar, apresentou-se espontaneamente ao juiz e, negando-se a sacrificar aos deuses, depois de sofrer atrozes suplícios, consumou o seu martírio.(† c. 304)

2. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Tígrio, presbítero, e Eutrópio, leitor, que, no tempo do imperador Arcádio, falsamente acusados de terem provocado o incêndio que consumiu o templo principal e a cúria do senado para vingar o exílio infligido a São João Crisóstomo, sofreram o martírio por ordem do prefeito da cidade Optato, seguidor do culto supersticioso dos falsos deuses e inimigo da religião cristã. († 406)

3. Em Arles, na Provença, região da Gália, na atual França, Santa Cesária, abadessa, irmã de São Cesário, bispo, que escreveu para ela e suas irmãs uma Regra das santas virgens. († c. 529)

4. Em Grenoble, na Borgonha, França, São Ferréolo, bispo e mártir, que foi assassinado por ímpios sicários quando pregava ao povo.(† c. 659)

5. Em Wearmouth, na Nortumbria, na atual Inglaterra, São Bento Biscop, abade, que, tendo peregrinado cinco vezes a Roma, de lá trouxe para a sua pátria mestres e muitos livros, para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de São Bento adquirissem melhor conhecimento na ciência do amor de Cristo em benefício da Igreja.(† c. 690)

6. No mosteiro de Rievaulx, também na região da Nortumbria, Santo Elredo, abade, que, educado na corte do rei da Escócia, entrou na Ordem de Cister e, tornando-se mestre exímio da vida monástica, promoveu com suma diligência e amabilidade, por meio das suas ações e escritos, a vida espiritual e a amizade em Cristo.(† c. 1166)

7. Em Leão, na Espanha, São Martinho da Santa Cruz, presbítero e cônego regular, que foi mestre insigne da Sagrada Escritura.(† 1203)

8. Em Okusanbara, no Japão, os beatos Luís Amagasu Iemon e seu filho Vicente Kurogane Ichibiyoe, Miguel Amagasu Iemon, sua esposa Domingas Amagasu e sua filha Justa Amagasu, e companheiros[1], mártires.

[1] São estes os seus nomes: Tecla Kurogane, Luzia Kurogane, Maria Ito, Marina Ito Chobo, Pedro Ito Yahyoe, Matias Ito Hikosuke, Timóteo Obasama Jirobyoe, Luzia Obasama, João Gorobyoe, Joaquim Saburobyoe, João Banzai Kasue, Âurea Banzai, António Banzai Orusu, Paulo Sanjuro, Rufina Banzai e seus filhos Paulo e Marta, Simão Takahashi Seizaemon, Tecla Takahashi, Paulo Nishihori Shikibu, Luís Jin’emon e sua filha Ana, Mâncio Yoshino Han’emon, Júlia Yoshino, Antônio Anazawa Han’emon, Paulo Anazawa Juzaburo, André Yamamoto Shichiemon, Inácio Iida Soemon, João Arie Kiemon, Pedro Arie Jinzo, Aleixo Sato Seisuke, Luzia Sato, Isabel Sato, Paulo Sato Matagoro, (N) Shichizaemon, Madalena, duas filhas de Shichizaemon e Madalena.(† 1629)

9. Em Nukayama, no Japão, os beatos Luzia Iida, Crescência Anazawa, Romão Anazawa Matsujiro, Miguel Anazawa Osamu, Maria Yamamoto, Úrsula Yamamoto e Madalena Arie, mártires.(† 1629)

10. Em Hanazawa, no Japão, os beatos Aleixo Choemon e seus filhos Cândido e Inácio, mártires.(† 1629)

11. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, São Bernardo de Corleone, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, insigne pela sua admirável caridade e penitência.(† 1667)

12. Em Montréal, no Quebec, Canadá, Santa Margarida Bourgeoys, virgem, que prestou todo o gênero de auxílio aos colonos e aos soldados e se dedicou com todas as suas forças à formação das jovens cristãs, para as quais fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.(† 1700)

13. Em Avrillé, perto de Angers, na França, o Beato Antônio Fournier, mártir, que era artesão e durante a Revolução Francesa foi fuzilado por causa da sua fidelidade à Igreja.(† 1794)

14. Em Caen, também na França, o Beato Pedro Francisco Jamet, presbítero, que prestou toda a assistência possível às religiosas Filhas do Bom Salvador, quer durante o tempo da grande revolução quer depois da restituição da paz à Igreja.(† 1845)

15. Em Viaréggio, na Itália, Santo Antônio Maria Púcci, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, sendo pároco durante quase cinquenta anos, se empenhou especialmente em prestar auxílio às crianças pobres e enfermas.(† 1892)

16. Em Tomhom, próxima de Bangkok, na Tailândia, o Beato Nicolau Bunkerd Kitbamrung, presbítero e mártir, exímio pregador do Evangelho, que, encarcerado no tempo da perseguição contra a Igreja e contraindo a tuberculose na assistência aos enfermos, teve morte gloriosa.(† 1944)