Nasceu em Capri (Itália) em 1530 e seu pai era militar a serviço de um Príncipe de Gonzaga.
Principiou os estudos em Carpi, continuou-os em Módena e finalizou-os em Bolonha, graduando-se em Direito Civil e em Direito Canônico.
Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles. Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços.
Alegre e inclinado à beneficência, entrou para o noviciado dos jesuítas aos 34 anos.
Por 10 anos trabalhou em Nápoles pregando, catequizando, dedicando-se aos doentes, aos pobres e encarcerados.
Ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce. “Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotável caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protetor e patrono no paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora e para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos…” (o Prefeito, diante do leito do moribundo, leu esse documento).
Com esforço respondeu o Padre: “Sim, senhores”.
Tinha dedicado mais da metade da sua longa vida como Padre, à cidade de Lecce. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.
Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por Bispos e Príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio Papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.
Padroeiro da cidade de Capri, morreu aos 86 anos.
São Bernardino Realino, rogai por nós!
Oração – Ó Deus, que destes a São Bernardino Realino a graça de conhecer-vos a ponto de abandonar as honras, o luxo e as glórias humanas por causa de vós, dai também a nós a graça de conhecer-vos profundamente, para que possamos produzir frutos de santidade. Amém
Bernardino: Significa “pequeno forte como um urso”. Esse nome é o diminutivo do nome Bernardo, o qual tem origem na junção dos elementos germânicos ber, que quer dizer “urso”, e hart, que significa “forte”.
Com Santa Monegundes, consagrada a Deus, que, deixando a pátria e os pais, se dedicou totalmente à oração.
Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT
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1. Na Via Aurélia, a duas milhas de Roma, no cemitério de Dâmaso, os santos Processo e Martiniano, mártires.(† data inc.)
2. Comemoração dos santos mártires Liberato, abade, Bonifácio, diácono, Servo e Rústico, subdiáconos, Rogato e Sétimo, monges, e Máximo, uma criança, em Cartago, durante a perseguição dos Vândalos, no tempo do rei ariano Hunerico, foram submetidos a cruéis suplícios por terem confessado a fé católica e defenderem a unicidade do batismo; flagelados com golpes de remos na cabeça enquanto eram pregados nos lenhos em que iam ser queimados, consumaram o curso do seu admirável combate, recebendo do Senhor a coroa do martírio.(† 484)
4. Em Winchester, na Inglaterra, São Suitino, bispo, que foi insigne pela sua austeridade e amor dos pobres e construiu muitas igrejas, que visitava sempre caminhando a pé.(† 862)
5. Em Sezze, no Lácio, região da Itália, São Lídano, abade e fundador do mosteiro deste lugar, que com os seus monges procurou sanear as terras circunstantes, para os livrar da infestação palúdica.(† 1118)
6. Em Villeneuve, Avinhão, França, o passamento do Beato Pedro de Luxemburgo, bispo de Metz, sempre dedicado à penitência e à oração.(† 1387)
7. Em Fabriano, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a comemoração dos beatos João e Pedro Becchétti, presbíteros da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, unidos mais pela forma de vida que pelos vínculos de sangue.(† c. 1420/1421)
8. Em Lecce, na Apúlia, também região da Itália, São Bernardino Realino, presbítero da Companhia de Jesus, que resplandeceu pela sua grande caridade e benignidade e, deixando todas as honras mundanas, se dedicou ao cuidado pastoral dos presos e dos enfermos e ao ministério da palavra e da penitência.(† 1616)
9. Em Liège, na Bélgica, a Beata Eugênia Joubert, virgem da Congregação da Sagrada Família do Sagrado Coração, que dedicou a sua vida a ensinar a doutrina cristã aos pequeninos e, atingida pela tuberculose, seguiu com amor a Cristo paciente.(† 1904)