Santo Expedito, Militar, Mártir

Chefe da 12ª Legião romana sediada na Armênia

Era chefe da 12ª Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Conhecida como a “Fulminante” (Fulminata em latim)

Essa legião era conhecida como a “Fulminante” (Fulminata em latim), nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

Os soldados inimigos debandaram em pânico indescritível

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Uma das mais gloriosas legiões romanas

Como se vê, o santo estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

Traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão

“Expedito” ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, frequentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Martirizado com seus companheiros em Melitene

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Santo que continua atraindo devotos em todo o mundo

Desde seu martírio, tem se revelado um Santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão.

Expedito pisoteou o corvo e gritou: “Hodie! Hodie!”

Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava “Crás! Crás!”, que significa, em latim, “Amanhã! Amanhã!”. O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: “Hodie! Hodie!”, ou seja, “Hoje! Hoje!”. E assim agiu.

Santo Expedito, rogai por nós!

Oração – Santo Expedito, Vós que sois um Santo guerreiro, ajudai-me a ser vigilante e combativo diante do mal. Amém.

Que tem facilidade para desenvolver tarefa(s) e/ou para solucionar problemas com rapidez; diligente. Etimologia (origem da palavra expedito). Do latim expeditus.

 

Com São Leão IX, Papa, que, depois de defender valorosamente a Igreja como Bispo de Toul durante vinte e cinco anos, foi eleito para a Sede Romana.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Na África Proconsular, São Mapálico, mártir, que, durante a perseguição do imperador Décio, movido pela piedade familiar, recomendou que à sua mãe e à sua irmã, impelidas sob tortura à apostasia, fosse concedida a paz eclesiástica, enquanto ele foi levado ao tribunal e coroado com o martírio. A ele se associa a memória de muitos outros santos mártires, que deram testemunho da sua fé em Cristo, entre os quais Basso na pedreira, Fortúnio no cárcere, Paulo no tribunal, Fortunata, Vitorino, Vítor, Herêmio, Crédula, Hereda, Donato, Firmo, Venusto, Fruto, Júlia, Marcial e Aristão, todos eles mortos de fome no cárcere.(† 250)

2. Na antiga Pérsia, Santa Marta, virgem e mártir, que, no tempo do rei Sapor II, sofreu o martírio no dia seguinte ao assassínio do seu pai Pusício, no dia da Ressurreição do Senhor.(† 341)

3. Em Antioquia da Pisídia, na atual Turquia, São Jorge, bispo, que morreu no exílio por defender o culto das sagradas imagens.(† 818)

4. Em Friesen, localidade dos Alpes da Baviera, na atual Alemanha, São Geroldo, eremita, que, segundo a tradição, viveu em regime de rigorosa penitência na região de Voralberg.(† c. 978)

5. Na margem do Tamisa, junto de Greenwich, na Inglaterra, a paixão de Santo Elfego, bispo de Cantuária e mártir, que, durante a devastação sangrenta dos Dinamarqueses na cidade, se ofereceu a si mesmo para poupar o seu povo e, recusando ser resgatado por dinheiro, foi cruelmente ferido com ossos de animais e finalmente degolado.(† 1012)

6. Em Roma, junto de São Pedro, São Leão IX, papa, que, depois de defender valorosamente a Igreja como bispo de Toul durante vinte e cinco anos, foi eleito para a sede romana, onde, em cinco anos, convocou vários sínodos para reformar a vida do clero e extinguir a simonia. († 1054)

7. No mosteiro de Saint-Bertin, no território de Therouanne, na França, o passamento de São Bernardo Penitente, que, para expiar com rigorosa penitência os pecados da juventude, decidiu partir para o exílio e, descalço, com vestes de feltro e contentando-se com parco alimento, seguiu incansavelmente em peregrinação para a Terra Santa.(† 1182)

8. Em Londres, na Inglaterra, o beato mártir Jaime Dukett, homem casado, que, denunciado por vender na sua livraria livros católicos, esteve preso durante nove anos e foi enforcado no reinado de Isabel I, juntamente com o seu denunciante, a quem, prestes a morrer, incitou a aceitar a morte pela fé católica.(† 1602)