Primogênito de uma família cristã de camponeses
Também chamado de Antônio do Deserto, nasceu na cidade de Conam, no coração do antigo Egito, em 251, e batizado com o nome de Antão. Era o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas uma irmã.
O grande iniciador da vida monástica
É conhecido como o grande iniciador da vida monástica. Depois de viver 18 anos rezando e jejuando sozinho, no deserto, compreendeu que a oração não é completa sem a ação, ou seja, sem a caridade e o amor. Passou então a confortar seus irmãos na fé e no amor, visitando regularmente todos os seus discípulos, que viviam nos mosteiros.
Com a morte dos pais, distribuiu tudo aos pobres
Com a morte dos pais, herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Distribuiu tudo o que tinha aos pobres, consagrou sua irmã ao estado de virgem cristã e se retirou para um deserto não muito longe de sua casa.
Viveu por 18 anos numa gruta abandonada
Passou a viver na oração e na penitência, dedicado exclusivamente a Deus. Como não deixava de atender quem lhe pedia orientação e ajuda, começou a ser muito procurado. Por isto, decidiu se retirar para mais longe, vivendo numa gruta abandonada, por dezoito anos.
Com 55 anos abandonou o isolamento
Aos cinquenta e cinco anos, atendeu o pedido de seus discípulos, abandonando o isolamento do deserto. Com isto, nasceu uma forma curiosa de eremitas, os discípulos viviam solitários, cada um em sua cabana, mas todos em contato e sob sua a direção espiritual.
Levou homens e mulheres a renunciarem tudo
Ele levou homens e mulheres a renunciarem ao dinheiro, ao casamento e a qualquer privilégio para viverem plenamente o Evangelho, numa vida em comum.
A fama de sua extraordinária experiência de vida santa no deserto, correu o mundo. Passou a ser o modelo do monge recluso e chamado, até hoje, de “pai dos monges cristãos”.
Até o Imperador com seus filhos foram se aconselhar com ele
Antão não deixou de ser procurado também pelo próprio clero, por magistrados e peregrinos que não abriam mão de seus conselhos e consolo. Até o imperador Constantino e seus filhos estiveram com ele.
Foi a Alexandria para defender o Bispo Atanásio
Esteve em Alexandria duas vezes. A primeira para animar e confortar os cristãos perseguidos por Diocleciano. E a segunda, para defender seu discípulo Atanásio, que era o Bispo, e estava sendo perseguido e caluniado pelos arianos e para exortar os cristãos a se manterem fiéis à doutrina do Concílio de Nicéia de 325.
Profetizou sua morte aos 105 anos
Ele também profetizou sua morte, depois de uma última visão de Deus com seus santos, que ocorreu aos cento e cinco anos, em 17 de janeiro de 356, na cidade de Coltzum, Egito.
Santo Atanásio escreveu sua biografia
Santo Atanásio foi o discípulo e amigo que escreveu sua biografia, registrando tudo sobre o caráter, costumes, obras e pensamento do monge mais ilustre da Igreja Católica antiga.
Ordem dos Hospedeiros Antonianos
As suas relíquias são conservadas na igreja de Santo Antônio de Viennois, na França, onde os seus discípulos construíram um hospital e numerosas casas para abrigar os doentes abandonados.
Mais tarde, se tornaram uma congregação e receberam o nome de “Ordem dos Hospedeiros Antonianos”, que atravessou os séculos, vigorosa e prestigiada
Santo Antão, rogai por nós!
Oração – Ó Deus, que permitistes que, mesmo na solidão de uma gruta, no deserto, o demônio perturbasse Santo Antão com violentas tentações, mas lhe destes força de vencê-las, enviai-me, do céu, o vosso socorro, porque eu vivo num ambiente minado de tentações que me agridem, pelo rádio, televisão, novelas, bailes, cinemas, revistas, propagandas e maus companheiros. Amém.
Antão significa o que está na vanguarda e indica uma pessoa de força interior e fé inabalável nos seus próprios ideais.
Com Santos Espeusipo, Elasipo, Melasipo, irmãos, e sua avó, Leonila, mártires.
Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT
Jan 17
2. Na Capadócia, na atual Turquia, os santos Espeusipo, Elasipo, Melasipo, irmãos, e sua avó, Leonila, mártires.(† data inc.)
3. No Osroene, num território atualmente situado entre a Síria e a Turquia, a comemoração de São Julião, asceta, chamado pelos antigos Sabas, isto é, Ancião, que, embora tivesse abandonado o bulício da cidade, deixou temporariamente a sua amada solidão, para refutar tenazmente em Antioquia os sequazes da heresia ariana.(† c. 377)
4. Em Die, na Gália Lionense, atualmente na França, São Marcelo, bispo, que, sendo defensor da cidade, foi expulso para o exílio pelo rei ariano Eurico por ter perseverado na fé católica.(† 510)
5. Em Bourges, na Aquitânia, atualmente também na França, São Sulpício o Piedoso, bispo, que, promovido da corte régia ao episcopado, teve como maior preocupação o cuidado dos pobres.(† 647)
6. Na Baviera, hoje região da Alemanha, São Gamelberto, presbítero, que, para fundar o mosteiro de Metten, doou os seus bens a Utão, que ele tinha baptizado.(† c. 802)
7. Em Fréjus, na Provença, região da França, Santa Rosalina, prioresa de Celle-Roubaud, da Ordem da Cartuxa, que foi célebre pela sua abnegação, vigílias, jejum e austeridade de vida.(† 1329)
8. Em Tocolatlán, cidade do México, São Januário Sánchez Delgadillo, presbítero e mártir durante a perseguição mexicana.(† 1927)