Nossa Senhora do Bom Conselho e Santo Anacleto, Papa, Mártir

Uma das mais belas páginas da iconografia mariana é, sem dúvida alguma, a atraente história da Mãe do Bom Conselho, venerada na cidade de Genazzano – Itália. Numa tarde de abril de 1467, essa imagem se deu a conhecer ao mundo, envolta em admirável mistério. Ela veio do alto, do interior de uma nuvem fulgurante, embalada por acordes celestiais. De modo milagroso, o lindo afresco da Virgem, fino como uma casca de ovo e parecendo ter sido pintado a poucos dias, desprendeu-se de seu lugar de origem, em Scútari,  na Albânia. Em seguida, flutuando pelos ares, atravessou grandes distâncias, até repousar junto a uma igreja em ruínas, na pitoresca cidade de Genazzano, perto de Roma. Aqui damos uma especial importância à necessidade imprescindível da devoção à Mãe do Bom Conselho em nossas vidas, pois, estejamos certos de que, a todos os nossos pedidos, Maria – a Mãe do Bom Conselho – de alguma forma nos atenderá. Com efeito, a todo o momento somos solicitados a tomar decisões de que dependem nosso futuro, nossas realizações temporais e, sobretudo, nossa santificação e salvação eterna. Nesses instantes, quando não raras vezes nos assaltam dúvidas e inseguranças, é que a voz suave e materna de Maria Santíssima nos fala na alma, dando o bom conselho que nos ilumina e orienta no acertado caminho. Sim, é a Mãe do Bom Conselho toda feita de ternura e solicitude que nos guia, em meio às incertezas terrenas, ao porto seguro do Céu. Lá haveremos todos de chegar, conduzidos pela sua incansável misericórdia, amparo e bondade infalíveis

Oração a Nossa Senhora do Bom Conselho

Gloriosíssima Virgem, escolhida pelo Conselho Eterno para ser Mãe do Verbo Encarnado, tesoureira das divinas graças e advogada dos pecadores, eu, o mais indigno dos vossos servos, a Vós recorro, para que Vos digneis de ser o meu guia e conselho neste vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo preciosíssimo Sangue de vosso Divino Filho, o perdão de meus pecados, a salvação da minha alma e os meios necessários para operá-la. Alcançai para a Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e a propagação do Reino de Jesus Cristo por toda a Terra. Assim seja.

 

Santo Anacleto, Terceiro Papa

Ou Cleto foi o sucessor de São Lino e terceiro Papa, governando entre os anos 76 e 88. Nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Época de oscilação de paz e perseguição

Durante onze anos de intensas atividades no “trono de São Pedro”, viveu uma época de oscilação de paz e perseguição aos cristãos sob o reinado do imperador Vespasiano e seus dois filhos sucessores, Tito e Domiciano, em período que os cristãos acreditavam estar próximos do fim do mundo e do juízo final, baseados na pregação de João Evangelista. Foi também durante seu papado que ocorreu a histórica erupção do Vesúvio.

Sancionou a veneração ao túmulo de São Pedro

Ordenou 25 sacerdotes em Roma, sancionou a veneração ao túmulo de S. Pedro, construindo um monumento sobre a sepultura do apóstolo de Cristo. Os escritos de Santo Irineu confirmam sua eleição como Anacleto I ou abreviadamente como Cleto, o que levou alguns a pensar que seriam dois papas diferentes.

A ele é atribuída a instauração da “Saudação e Bênção Apostólica”

A sua morte no ano 88, durante as perseguições de Domiciano faz dele um dos mártires da Igreja Católica. Foi sepultado ao lado de São Pedro. Dele são atribuídos uma série de orientações que condenam o culto de objetos “mágicos e de feitiçaria” e de aceitarem comida oferecida aos deuses “pagãos”. Também a ele é atribuída a instauração da “Saudação e Bênção Apostólica” na abertura das mensagens papais.

Papa Anacleto e Papa Cleto, é a mesma pessoa

Eis uma curiosidade com relação ao Santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século. Teve sua vida contada como se ele “fosse dois”: Papa Anacleto e Papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos Papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como consequência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de São Pedro e foi o terceiro Papa da Igreja de Roma. Governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.

Santo Anacleto, rogai por nós!

Oração – Glorioso e Eterno Senhor, peço-vos, pela intercessão de Vosso Servo, o Papa Santo Anacleto, que construiu o túmulo de São Pedro, nosso primeiro Papa, a graça de ser sempre um defensor do papado e de cumprir, com zelo apostólico, os deveres do fiel cristão.

Anacleto: Significa “aquele que foi invocado” ou “o solicitado”, “convocado”. Anacleto se originou a partir do grego Anáklētos

Com São Pascásio, abade, que expôs com lucidez e clareza a doutrina do verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor no mistério da Eucaristia.

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Em Roma, a comemoração de São Cleto, papa, que foi o segundo sucessor do apóstolo São Pedro a presidir à Igreja Romana.(† 88)

2. Em Gábi, na Via Prenestina, a trinta milhas da cidade de Roma, São Primitivo, mártir.(† data inc.)

3. Em Amaseia, no Ponto, no território da atual Turquia, São Basileu, bispo e mártir no tempo do imperador Licínio.(† c. 322)

4. Num ermo da floresta de Crécy, na região de Amiens, no território da Nêustria, atualmente na França, São Ricário, presbítero, que, movido pela pregação dos monges escoceses, se converteu a uma vida de penitência.(† 645)

5. No mosteiro de Corbie, também na Nêustria, hoje na França, São Pascásio Radberto, abade, que expôs com lucidez e clareza a doutrina do verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor no mistério da Eucaristia.(† 865)

6. Em Fóggia, na Apúlia, região da Itália, os santos Guilherme e Peregrino, eremitas.(† s. XII)

7. Em Aragão, região da Espanha, os beatos Domingos e Gregório, presbíteros da Ordem dos Pregadores, que, percorrendo juntamente várias povoações sem ouro nem prata e mendigando o alimento para cada dia, anunciavam a todos a palavra de Deus.(† s. XIII)

8. No mosteiro da Transfiguração, em Moscovo, na Rússia, o sepultamento de Santo Estêvão, bispo de Perm, que para evangelizar os Zirianis, inventou um alfabeto para redigir as suas formas literárias, celebrou a liturgia na sua língua nativa, abateu os ídolos, erigiu templos e sobretudo fortaleceu-os na verdade da fé.(† 1396)

9. No mosteiro de São Pedro de Dueñas, em Palência, cidade da Espanha, São Rafael Arnaiz Barón, religioso da Ordem Cisterciense, que, atingido por uma grave doença ainda durante o noviciado, suportou com firme paciência a sua precária saúde, confiando sempre em Deus.(† 1938)

10. Em Montjuic, perto de Gerona, também na Espanha, o Beato Júlio Junyer Padern, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, durante a perseguição contra a fé cristã, mereceu alcançar mediante o martírio a glória da vida eterna.(† 1938)

11. No campo de concentração de Sachsenhausen, próximo de Berlim, na Alemanha, o Beato Estanislau Kubista, presbítero da Sociedade do Verbo Divino e mártir, que, em tempo de guerra, durante a ocupação militar da Polônia por um regime hostil à religião, consumido por graves tormentos neste cárcere entregou a alma a Deus. Com ele é comemorado o Beato Ladislau Goral, bispo auxiliar de Lublin, que, no mesmo lugar e na mesma guerra, defendeu corajosamente a dignidade do homem e da fé, morrendo no cárcere, em dia incerto, consumido pela enfermidade.(† 1942)