Santo Alexandre do Egito, Bispo

I Domingo da Quaresma:

1ᵃ Leitura: Dt 26, 4-10
Salmo 90(91), 1-2.10-15 (R/. cf. 15b)
2ᵃ Leitura: Rm 10, 8-13
Evangelho: Lucas 4, 1-13

 

Nasceu em 250. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a

importante sede da Igreja em Alexandria, no Egito.

Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana.

Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo Bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas ideias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser humano, superior aos demais.

Alexandre lutou contra o crescimento da doutrina de Ário em Alexandria convocando sínodos locais e o Concílio de Alexandria em 321 d.C., que acabou por expulsá-lo da região. Ário então fugiu para a Palestina, onde foi recebido por Eusébio de Nicomédia, que reclamou não são somente a Alexandre como também ao imperador.

Os seguidores de Ário em Alexandria passaram então a se dedicar à violência em defesa de suas crenças, o que estimulou Alexandre a escrever uma encíclica à todos os bispos do Cristianismo, na qual ele relatou a história do arianismo e sua opinião sobre as falhas no sistema ariano.

Alexandre também escreveu uma confissão de fé em defesa de sua própria posição e a enviou para todos os bispos do Cristianismo recebendo amplo apoio. Ele também mantinha correspondência com Alexandre de Constantinopla, protestando contra a violência dos arianos e contra a promulgação das visões de Ário sobre a influências das mulheres e muitos outros assuntos do arianismo.

Constantino I, o único reclamante ao trono após a execução de Licínio, escreveu uma carta “para Atanásio e Ário”, exigindo que Alexandre e Ário terminassem sua disputa. O herege não atendeu ao imperador Constantino. Só então Alexandre insistiu com o papa e o imperador para a convocação o concílio de Niceia, ocorrido em 325.

Nessa importante reunião o Bispo Alexandre, então já muito velho e enfermo, foi acompanhado por Atanásio, que ainda não era sacerdote. Este ainda adolescente, foi notado e apreciado pelo bispo, que o tomou sob sua proteção e o fez seu secretário.

Quando voltou do concílio, Alexandre foi acolhido triunfalmente em Alexandria. Cinco meses antes de morrer em 26 de fevereiro de 328, ele dignou como sucessor naquela sede episcopal, o discípulo Atanásio, para acabar com a doutrina ariana. O culto de Santo Alexandre, patriarca da Alexandria, se difundiu sendo venerado no dia de sua morte.

Santo Alexandre do Egito, rogai por nós!

Oração – Campeões na luta contra o arianismo, profundamente culto e bom, Alcançai de Deus a mesma fidelidade e conhecimento para defender a verdade.

Alexandre: Significa “protetor do homem”, “defensor da humanidade”, “o que repele os inimigos”. Tem origem a partir do nome grego Aléxandro

 

Com são Porfírio, Bispo de Gaza, abateu muitos templos dedicados aos ídolos.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Fev 26

1. Comemoração de Santo Alexandre, bispo, um glorioso ancião inflamado de zelo pela fé, que, designado bispo de Alexandria depois de São Pedro, excluiu da comunhão da Igreja o seu presbítero Ario, pervertido pela ímpia heresia e afastado da verdade divina e, mais tarde, com mais trezentos e dezoito Padres, o condenou no Primeiro Concílio de Niceia.(† 326)

2. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, São Faustiniano, bispo, que, pela palavra da pregação, fortaleceu e fez crescer esta Igreja atormentada pela perseguição.(† s. IV)

3. Em Gaza, na Palestina, São Porfírio, bispo, natural de Tessalônica, que viveu como anacoreta cinco anos no deserto de Cete e outros cinco na Transjordânia, com grandes manifestações de bondade para com os pobres. Depois, ordenado bispo de Gaza, abateu muitos templos dedicados aos ídolos, cujos sequazes o tinham feito sofrer duras adversidades, até que finalmente descansou na paz dos Santos.(† 421)

4. Em Nevers, cidade da Nêustria, atualmente na França, Santo Agrícola, bispo.(† c. 594)

5. Em Arcis-sur-Aube, na região de Champagne, hoje também na França, São Vítor, eremita, que é louvado nos escritos de São Bernardo.(† s. VII)

6. Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santo André, bispo.(† s. IX)

7. Em Londres, cidade da Inglaterra, o Beato Roberto Drury, presbítero e mártir, que, acusado falsamente de conspiração contra o rei Jaime I, na praça de Tyburn, revestido com o hábito eclesiástico para mostrar a sua dignidade sacerdotal, sofreu por Cristo o suplício do patíbulo.(† 1607)

8. Em Olesa de Montserrat, povoação da província de Barcelona, na Espanha, Santa Paula de São José Calasanz (Paula Montal Fornés), virgem, que fundou o Instituto das Filhas de Maria das Escolas Pias.(† 1889)

9. Em Alcantarilla, perto de Múrcia, na Espanha, a Beata Piedade da Cruz (Tomasina Ortiz Real), virgem, que por amor de Deus se consagrou diligentemente à formação e catequese dos pobres e fundou a Congregação das Irmãs Salesianas do Sagrado Coração de Jesus.(† 1916)