Santo Agostinho de Cantuária, Bispo

 

Vigilia de Pentecostes

1ª leitura: Gn 11,1-9
«O Senhor confundiu a linguagem de todo o mundo e dispersou os homens por toda a terra»
Salmo: Sl 103(104)
R/ Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
2ª leitura: Romanos 8,22-27
«É o Espírito que intercede em nosso favor com gemidos inefáveis»
Evangelho: João 7,37-39
«Aquele que crê em mim, rios de água viva jorrarão do seu interior»

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo Papa Gregório Magno. E foi justamente esse célebre Papa que ordenou o envio de missionários às Ilhas Britânicas.

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção de Agostinho. Mas antes, ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários Bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do Papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o Batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.

A notícia chegou ao Papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as Dioceses de Londres e de Rochester.

Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.

Morreu no dia 25 de maio de 604. O corpo foi originalmente sepultado no pórtico do que hoje é a Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária, mas foi posteriormente exumado e recolocado num túmulo dentro da igreja da abadia, que se tornou um local de peregrinação e veneração.

Após a conquista normanda, o culto de Agostinho passou a ser ativamente promovido e o seu santuário passou a ter uma posição central entre as capelas laterais, ladeado por santuários de seus sucessores, Lourenço e Melito. O rei Henrique I da Inglaterra concedeu à abadia uma feira de seis dias a ser celebrada na época em que as relíquias foram transladadas para o seu novo santuário, de 8 a 13 de setembro, anualmente.

Santo Agostinho de Cantuária, rogai por nós!

Oração – Meu Senhor, pela intercessão de Santo Agostinho de Cantuária, eu vos peço a graça da perseverança na fé, da constância na oração, para que, assim como sua tão nobre alma, possa também eu desempenhar a missão para a qual fui chamado

Agostinho: Significa “de Augusto”, “pertencente a Augusto”. Surgiu a partir do nome italiano Agostino, originado no latim Augustinus, é uma forma relativa de Augusto, originado no latim augustus, que significa “sagrado, consagrado, venerável, elevado”.

 

Com Santo Atanásio Bazzekuketta, Mártir, que era um jovem da casa real da Uganda recentemente batizado.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

27

2. Em Doróstoro, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, São Júlio, mártir, que, sendo veterano do exército imperial, no tempo da perseguição foi preso pelos oficiais de justiça e apresentado ao governador Máximo; tendo manifestado na sua presença a repulsa pelos ídolos, confessou com grande firmeza a sua fé em Cristo e foi castigado com a condenação à morte.(† c. 302)

3. Na Via Nomentana, a dezesseis milhas de Roma, São Restituto, mártir.(† c. s. IV)

4. Em Orange, na Provença, região da Gália, atualmente na França, Santo Eutrópio, bispo.(† c. 475)

5. Em Würtzburg, na Francônia, região da Germânia, hoje na Alemanha, São Bruno, bispo, que restaurou a igreja catedral, reformou o clero e explicou ao povo a Sagrada Escritura.(† 1045)

6. No mosteiro de Montsalvy, junto de Clermont-Ferrand, na Aquitânia, hoje na França, São Gausberto, presbítero e eremita, que transformou este lugar, antes deserto e intransitável, num hospício para acolher os peregrinos.(† 1079)

7. Em Dryburne, localidade próxima de Durham, na Inglaterra, os beatos Edmundo Duke, Ricardo Hill, João Hogg e Ricardo Holiday, presbíteros e mártires, que, regressando do Colégio dos Ingleses de Reims à sua pátria, no reinado de Isabel I, foram condenados à morte e enforcados por causa do sacerdócio.(† 1590)

8. Em Seul, na Coreia, as santas mártires Bárbara Kim, viúva, e Bárbara Yi, virgem de quinze anos de idade, que foram presas ao mesmo tempo e morreram de peste no cárcere.(† 1839)

9. Em Nakibuwo, localidade do Uganda, Santo Atanásio Bazzekuketta, mártir, que era um jovem da casa real recentemente baptizado e, ao ser conduzido ao lugar do suplício com os outros companheiros por ter abraçado a fé em Cristo, pediu aos algozes que o matassem imediatamente e, espancado até a morte, consumou o martírio.(† 1886)

10. Em Lubawo, também no Uganda, São Gonzaga Gonza, mártir, que era um dos fâmulos reais e, quando ia preso com cadeias para a fogueira, foi trespassado pelas lanças dos algozes.(† 1886)