Filha de reis e batizada logo ao nascer
Margarida era filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria. Nasceu no castelo de Turoc, em 1242 e logo foi batizada.
Seus pais a consagraram a Deus
Seus pais, que a tinham consagrado ao Senhor por um voto, desde o nascimento, mandaram-na, com a idade de três anos e meio, ao convento das dominicanas.
Professou os votos com 12 anos
Tendo o rei fundado um mosteiro da mesma ordem numa ilha do Danúbio, Margarida para lá foi transferida, e fez profissão dois anos mais tarde, com a idade de doze anos.
Foi o fervor que substituiu os anos
O fervor substituiu nela o número de anos e mereceu-lhe as íntimas comunicações do Espírito Santo, que se destinam apenas às almas perfeitas.
Extraordinário amor à penitência
É assombroso a que ponto levava o amor à penitência: deitava-se sobre o piso do quarto, coberto simplesmente de uma pele bastante rude, e por cabeceira dispunha de uma pedra apenas.
Ocultava as doenças e tinha admirável doçura
Se Deus a fazia padecer uma doença, ocultava o seu estado com maior cuidado, para não ser obrigada a usar alívios concedidos aos enfermos. Era admirável a sua doçura, e qualquer receio de ter uma das irmãs o menor motivo de descontentamento a levava a lançar-se lhe aos pés, para suplicar-lhe perdão.
Devota de Jesus Crucificado
Teve desde a infância, terna devoção por Jesus Crucificado. Trazia constantemente uma cruzinha feita de madeira e muitas vezes a levava à boca, quer de noite, quer de dia.
Lágrimas lhe escorriam no rosto durante as celebrações
Observava-se que na igreja orava de preferência diante do altar da Cruz. As abundantes lágrimas que lhe rolavam dos olhos durante a celebração dos divinos mistérios e à aproximação da santa comunhão, diziam bem o que lhe ia no âmago do coração.
Passava noites em oração
Na véspera do dia em que devia unir-se a Jesus Cristo pela recepção da sua adorável carne, o seu único alimento era pão e água; passava também a noite em oração.
As Festas de Maria lhe iluminavam o rosto
O seu amor a Jesus Cristo a levava, outrossim, a honrar especialmente a criatura da qual desejou ele nascer no tempo; daí o júbilo que lhe iluminava o rosto quando se anunciavam as festas da Mãe de Deus. Celebrava-as com piedade e fervor pouquíssimo frequentes.
Adoeceu e morreu com 28 anos
Morta para o mundo e para si própria, suspirava apenas pelo momento que se uniria ao Divino Esposo. Finalmente, viu satisfeito o desejo; adoeceu e morreu com a idade de vinte e oito anos, em 18 de Janeiro de 1271.
A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.
Santa Margarida da Hungria, rogai por nós!
Oração – Ó Deus, que nos destes em Santa Margarida um testemunho de perfeição evangélica, fazei-nos em meio às agitações deste mundo, fixar o coração nos bens eternos
Margarida tem origem no nome do latim Margarita, vindo do grego margarítes, que quer dizer literalmente “pérola”.
Com Beata Beatriz d’Este, Marquesa, viúva, Monja
Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT
Jan 18
1. Em Cartago, na atual Tunísia, os santos mártires Sucesso, Paulo e Lúcio, bispos, que participaram no Concílio realizado nesta cidade e sofreram o martírio no tempo do imperador Décio. († 259)
2. Em Niceia, na Bitínia, hoje Iznik, na Turquia, os santos Coscónio, Zenão e Melanipo, mártires.(† s. III-IV)
3. Em Foix, na Gália Narbonense, atualmente na França, o passamento de São Volusiano, bispo de Tours, que, tendo sido feito prisioneiro pelos Godos, no exílio entregou o seu espírito a Deus.(† c. 498)
4. Em Roma, a comemoração de Santa Prisca, a cujo nome foi dedicada uma basílica no monte Aventino.(† a. 499)
5. No mosteiro de Lure, na Borgonha, atualmente na França, São Deícolo, abade, que era natural da Irlanda e discípulo de São Columbano e, segundo a tradição, fundou este mosteiro.(† s. VII)
6. Em Ferrara, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, Santa Beatriz d’Este, monja, que, depois da morte do esposo, abandonou a nobreza do mundo e se dedicou a Deus no mosteiro por ela fundado sob a Regra de São Bento.(† c. 1262)
7. Em Budapeste, na Hungria, Santa Margarida, virgem, filha do rei Bela IV, que, prometida em voto a Deus pelos seus pais para libertar dos Tártaros a sua pátria, foi entregue em tenra idade às monjas da Ordem dos Pregadores e, ainda com a idade de doze anos, se consagrou totalmente ao Senhor na profissão religiosa, procurando intensamente assemelhar-se a Cristo crucificado.(† 1270)
8. Em Cremona, na Lombardia, região da Itália, o Beato Fácio, que, sendo ourives de profissão, veio de Verona para esta cidade, onde se dedicou inteiramente à penitência, às peregrinações e ao cuidado dos enfermos.(† 1272)
9. Em Morbegno, nos Alpes, também na Itália, o Beato André de Peschiera Grego, presbítero da Ordem dos Pregadores, que durante muito tempo percorreu a pé toda a região, vivendo austeramente junto dos pobres e ganhando a afeição fraterna de todos.(† 1485)
10. Em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália, a Beata Cristina (Matias) Ciccarélli, virgem da Ordem de Santo Agostinho.(† 1543)
11. Em Braniewo, na Prússia, na actual Polônia, a Beata Regina Protmann, virgem, que, movida pelo amor dos pobres, se dedicou intensamente ao serviço dos indigentes e fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina.(† 1613)
12. Em Avrillé, perto de Angers, na França, as beatas Felicidade Pricet, Mónica Pichery, Carla Lucas e Vitória Gusteau, mártires, que, durante a perseguição da Revolução Francesa, foram fuziladas pelo ódio à religião cristã.(† 1794)
13. Em Cássia, na Itália, a Beata Maria Teresa Fasce (Maria Joana Fasce), abadessa da Ordem de Santo Agostinho, que aliou a ascese e contemplação às obras de caridade para com os peregrinos e os indigentes.(† 1947)