Santa Clara de Assis, Virgem, Fundadora

De família nobre, dotada de extraordinária beleza e possuidora de muitas riquezas, nasceu em Assis, em 1193. Conterrânea de São Francisco, Clara foi sua discípula e fiel intérprete de seu ideal ascético.

Aos 18 anos, fugiu de casa para se consagrar a Deus, mediante uma vida de absoluta pobreza, a exemplo de Francisco de Assis, juntamente com Inês, sua irmã mais jovem, e outras companheiras.

Clara se instalou no Oratório de São Damião, dando início às Clarissas. Procuravam em tudo viver o ideal franciscano da pobreza, a qual amou tanto que nunca mais quis separar-se dela, nem sequer na extrema indigência e na enfermidade.

Conta-se nos “fioretti” que um dia, Francisco mandou dizer a Clara que rezasse a Deus para que ele pudesse saber o que mais Lhe agradava: dedicar-se à pregação ou à oração. Depois de muita oração, o mensageiro levou a resposta a Francisco: “Tanto a frei Silvestre como a irmã Clara e sua irmã, Cristo respondeu e revelou que sua vontade é que vás pelo mundo a pregar, porque Ele não te escolheu para ti somente, mas também para a salvação dos outros!”.

Em 1198, ocorreu uma invasão moura à Assis e em meio a muita pobreza e necessidade aconteceu um fato que consagrou Santa Clara para sempre na história. Eles tentaram invadir o convento e Santa Clara, mesmo acamada e doente, fez questão de ir até o portão de entrada. Ali, em lágrimas, ela conseguiu pegar o ostensório com o Santíssimo Sacramento e proferir as seguintes palavras, “Senhor, guardai Vós estas vossas servas, porque eu não as posso guardar”. Ouviu-se então uma voz suave dizendo, “Eu te defenderei para sempre”. Imediatamente os mouros são tomadas por um medo descomunal e fogem, deixando o convento intacto e a salvo.

As mulheres queriam ser puras como Clara e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres.

Santa Clara é apresentada com a Custódia do Santíssimo Sacramento na mão a deter os mouros às portas de Assis.

Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de São Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.

 

Santa Clara de Assis, rogai por nós!

Oração – Santa Clara por teu amor à Paixão de Jesus, alcança-nos força e coragem na provação; por teu amor à Igreja, alcança-nos a fé, a esperança e a caridade. Amém.

 

 

 

Com São Tibúrcio e Santa Suzana, mártires em Roma

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

11/8

Memória de Santa Clara, virgem, a primeira das Damas Pobres da Ordem dos Menores, que, seguindo o caminho espiritual de São Francisco, abraçou em Assis uma vida austera, mas rica de obras de caridade e piedade. Amou tanto a pobreza que nunca mais quis separar-se dela, nem sequer na extrema indigência e na enfermidade.(† 1253)

2. Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, Santo Alexandre, chamado o Carvoeiro, bispo, que, passando da sua eminente erudição na filosofia à ciência da humildade cristã, foi elevado por São Gregório o Taumaturgo à sede episcopal desta Igreja, que ilustrou não só com a pregação, mas também com o martírio consumado nas chamas da fogueira.(† s. III)

3. Em Roma, cemitério “Ad Duas Lauros”, Via Labicana, São Tibúrcio, mártir, cujos louvores foram celebrados pelo papa São Dâmaso.(† s. III-IV)

4. Também em Roma, a comemoração de Santa Susana, a cujo nome, celebrado entre os mártires nos antigos memoriais, foi dedicado a Deus no século VI uma basílica no título de Gaio junto das Termas de Diocleciano.(† data inc.)

5. Em Assis, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, São Rufino, que é considerado o primeiro bispo desta cidade e mártir.(† c. s. IV)

6. Em Benevento, na Campânia, também região da Itália, São Cassiano, bispo.(† s. IV)

7. Em Évreux, na Gália, hoje na França, São Taurino, que é venerado como primeiro bispo desta cidade.(† c. s. V)

8. Na Irlanda, Santa Atracta, abadessa, que, segundo a tradição, recebeu das mãos de São Patrício o véu das virgens.(† s. V)

9. Na província de Valéria, hoje na Úmbria, região da Itália, Santo Equício, abade, que, como escreve o papa São Gregório Magno, pela sua santidade foi pai de muitos mosteiros e, onde quer que chegasse, abria a fonte da Sagrada Escritura.(† a. 571)

10. Em Cambrai, na Austrásia, atualmente na França, São Gaugerico, bispo, insigne pela sua piedade e caridade para com os pobres, que foi ordenado diácono por Magnerico de Tréveris e, eleito depois para a sede episcopal de Cambrai, exerceu o ministério durante trinta e nove anos.(† c. 625)

11. Em Arles, na Provença, também na atual França, Santa Rustícola, abadessa, que dirigiu santamente as monjas durante quase sessenta anos.(† 632)

12. Em Gloucester, na Inglaterra, os beatos João Sandys e Estêvão Rowsham, presbíteros, e Guilherme Lampley, alfaiate, mártires, que, no reinado de Isabel I, embora em dias diversos e não conhecidos, sofreram os mesmos suplícios por Cristo.(† 1586, 1587, 1588)

13. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João (Tiago Jorge Rhem), presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, encerrado durante a perseguição contra a fé no sórdido cárcere, exortava à esperança os seus companheiros de cativeiro duramente atribulados, até que ele próprio, atingido por uma doença incurável, morreu por Cristo.(† 1794)

14. Em Milão, na Itália, o Beato Luís Birághi, presbítero da diocese de Milão, fundador da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina.(† 1879)

15. Em Agullent, povoação do território de Valência, na Espanha, o Beato Rafael Afonso Gutiérrez, mártir, pai de família, que, durante a violenta perseguição contra a fé, derramou o seu sangue por Cristo. Com ele comemora-se também o beato mártir Carlos Díaz Gandia, que, na mesma localidade e no mesmo dia, venceu o combate da fé e alcançou a vida eterna.(† 1936)

16. Em Prat de Compte, povoação próxima de Tarragona, também na Espanha, o Beato Miguel Domingos Cendra, religioso da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição, mereceu receber a sublime palma do martírio.(† 1936)

17. Nos confins do Tibete, o Beato Maurício Tornay, presbítero e mártir, cônego regular da Congregação dos Santos Nicolau e Bernardo de Mont-Joux, que anunciou ardorosamente o Evangelho na China e no Tibete e foi assassinado pelos inimigos em ódio ao nome de Cristo.(† 1949)