Santa Catarina Tekakwitha, india, virgem

Beatificada juntamente com Pe. José de Anchieta, era uma Índia pele-vermelha, nascida em 1656 em Ossemon, perto de Port Orange, atual Albany, filha de pai iroquês pagão e de mãe algonquina cristã. Tendo ficado órfã muito cedo, conseguiu sobreviver a uma epidemia de varíola com grave diminuição da visão e com o rosto desfigurado; foi então recolhida por um tio, chefe da aldeia, ajudando doravante a sua esposa no cuidado da casa.

O nome de Tekakwitha, que lhe foi dado nos anos de infância, significa “a que coloca as coisas em ordem”, ou, com referência à enfermidade da visão, “a que avança e põe algo diante”.

Crescida na inocência, rejeitou propostas de matrimônio e em 1675 entrou em contacto com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 18-4-1676, dia de Páscoa, das mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe impôs o nome de Kateri(Catarina). Ameaçada pelo tio pagão, fugiu para buscar refúgio na missão de S. Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde recebeu a eucaristia e deu exemplo de extraordinária piedade, mas com grande discrição.

Afastava-se por longo tempo na floresta onde, junto à cruz por ela traçada na casca de uma árvore, ficava por muito tempo em oração, sem porém descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Passou por provas terríveis. Em 25-3-1679 fez voto perpétuo de castidade. Extenuada pela doença e pelos sofrimentos, morreu em 17 de abril de 1680 e rapidamente se difundiu a fama das suas virtudes.

Note-se que Catarina aprendera a religião católica com a mãe e desde menina, apesar da mãe ter morrido, conservou o que esta lhe ensinara, observando a moral cristã e rezando regularmente. Quando veio a encontrar pela primeira vez os missionários, já estava preparada para o Batismo. Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, longe de qualquer outro companheiro de fé por muitos anos.

Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!

Oração – Santa Catarina Tekakwitha recorda-nos que somos chamados à vida de santidade. Amém.

Catarina é de etimologia desconhecida. A quem associa o nome com o adjectivo grego katharos que significa “puro, casto”.

 

Com Santo Acácio, Bispo, que no Concílio de Éfeso defendeu a recta fé contra Nestório e depois foi injustamente deposto da sua sede episcopal.

 

Martirológio – Secretariado Nacional de Liturgia – PT

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1. Em Melitene, na antiga Armênia, hoje na Turquia, os santos mártires Pedro, diácono, e Hermógenes, seu auxiliar.(† c. s. IV)

2. Na antiga Pérsia, a paixão de São Simeão bar Sabas, bispo de Selêucia e de Ctesifonte, que, preso e carregado de cadeias por ordem de Sapor II rei da Pérsia, por ter recusado adorar o sol e dar testemunho livre e firmemente da sua fé em Jesus Cristo, foi primeiramente encarcerado e metido num estreito calabouço, onde permaneceu durante algum tempo com mais de cem companheiros, entre os quais estavam bispos, presbíteros e clérigos de outras ordens eclesiásticas; depois, numa Sexta-Feira da Paixão do Senhor, todos os companheiros de Simeão foram degolados na sua presença, enquanto ele exortava ardentemente cada um deles, sendo por fim também ele degolado.(† 341)

3. Comemoram-se também muitos mártires, que, depois da morte de São Simeão, em toda a Pérsia foram degolados pelo nome de Cristo no tempo do mesmo rei Sapor, entre os quais Santo Ustazades, eunuco da corte real, que tinha sido preceptor do rei Sapor e, no primeiro ímpeto da perseguição, sofreu o martírio no palácio de Artaxerxes, irmão do próprio Sapor, na província de Adiabena, no atual Iraque.(† 341)

4. Em Tortona, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Inocêncio, bispo.(† s. IV)

5. Em Melitene, na antiga Armênia, hoje na Turquia, Santo Acácio, bispo, que no Concílio de Éfeso defendeu a recta fé contra Nestório e depois foi injustamente deposto da sua sede episcopal.(† c. 435)

6. Em Vienne, na Borgonha, na atual França, Santo Pantágato, bispo.(† 540)

7*. Na ilha de Eigg, nas Hébridas, ao largo da Escócia, os santos Donano, abade, e cinquenta e dois companheiros monges, que foram assassinados pelos piratas, queimados na fogueira ou passados ao fio da espada quando celebravam a solenidade da Páscoa.(† 617)

8. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Elias, presbítero já de avançada idade, Paulo e Isidoro, monges ainda jovens, que durante a perseguição dos Mouros foram mortos por professarem a fé cristã.(† 856)

9. No mosteiro de Chaise-Dieu, junto de Clermont-Ferrand, na França, São Roberto, abade, que no lugar deserto onde habitava solitário reuniu vários irmãos e conquistou um grande número de pessoas para o Senhor pela palavra da sua pregação e pelo exemplo da sua vida.(† 1067)

10. No mosteiro de Molesmes, na França, São Roberto, abade, que, procurando praticar a vida monástica de observância mais simples e austera, foi incansável fundador e diretor de cenóbios, bem como diretor de eremitas e insigne restaurador da disciplina monástica, e fundou o mosteiro de Cister, do qual foi o primeiro abade; finalmente regressou como abade ao mosteiro de Molesmes, onde descansou em paz.(† 1111)

11. Em Perúgia, na Úmbria, região da Itália, o Beato Tiago de Cerqueto, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que deu exemplo de serena aceitação da enfermidade.(† 1367)

12. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Clara Gambacórti, que, tendo ficado viúva ainda jovem, animada por Santa Catarina de Sena aqui fundou o primeiro mosteiro dominicano de estrita observância e, perdoando aos assassinos de seu pai e seus irmãos, orientou as irmãs com grande prudência e caridade.(† 1419)

13. Em Madrid, na Espanha, a Beata Mariana de Jesus (Mariana Navarro de Guevara), virgem, que, vencendo a oposição do pai, tomou o hábito da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e ofereceu as suas orações e penitências especialmente pelos mais necessitados e aflitos.(† 1624)

14. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Paulo de Santa Madalena (Henrique Heath), presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, no reinado de Carlos I, foi condenado à morte em Tyburn por causa da sua condição de sacerdote.(† 1643)