Santa Bibiana, Virgem, Mártir

Nasceu no século IV em Roma, filha de pais cristãos, que viraram mártires quando o Imperador Juliano, “o Apóstata”, iniciou uma perseguição aos seguidores de Cristo.

O tirano apóstata

O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo.

Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Sua mãe Defrosa foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, foram levadas para a prisão.

Matou a mãe e as irmãs

A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática.

Levada a um bordel quem a tocava ficava louco

Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura.

Levada ao asilo de loucos, quem a tocava ficava curado

Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.

Sem renegar Cristo, foi entregue aos carrascos para ser chicoteada até a morte e o corpo jogado aos cães selvagens.

Os cães selvagens respeitaram seu corpo

Outro prodígio aconteceu nesse instante, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir.

Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.

Seu túmulo virou meta de peregrinação

Finalmente, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou uma devoção dos fieis.

Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia.

Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu bonito nome escolhido na hora do batismo. Também a conhecida variação, não menos bela, de Viviana se tornou popular na cristandade.

Origem da Basílica de Santa Bibiana

A veneração era tão intensa que o Papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407.

O culto ganhou um reforço maior ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor.

A escultura de Santa Bibiana encontra-se hoje na igreja de mesmo nome em Roma.

Padroeira de Sevilha e Los Angeles

Sua fachada também foi restaurada por Bernini, dando sua aparência atual. Os corpos da mãe e da irmã de Bibiana foram encontrados em um sarcófago e depositados em urnas sob o altar principal.

Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos.

É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o de sua morte pela fé em Cristo.

Santa Bibiana, rogai por nós!

Oração –  Senhor, eu vos peço, pelos méritos de Santa Bibiana, aumentai a minha fé. Dai-me total confiança e abandono na Vossa Divina Providência para que, na Esperança, eu siga praticando a verdadeira Caridade. Amém.

Bibiana: Significa “viva”, “aquela que é cheia de vida”. É uma variação de Viviana, que tem origem no nome masculino do latim Vivianus, a partir de Vivian, e este derivado de vivus, que quer dizer “vivo”.

 

Com Santo Habacuc, Profeta, que, perante a iniquidade e violência dos homens, anunciou o juízo de Deus, mas também a sua misericórdia, dizendo: «O justo viverá pela sua fé».

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Dez 02

1. Comemoração de Santo Habacuc, profeta, que, perante a iniquidade e violência dos homens, anunciou o juízo de Deus, mas também a sua misericórdia, dizendo: «O justo viverá pela sua fé».

2. Em Roma, Santa Bibiana, mártir, a quem o papa São Simplício dedicou uma igreja no Esquilino. († data inc.)

3. Em Roma, junto à Via Portuense, São Pimênio, presbítero e mártir. († s. III/IV)

4. Em Aquileia, Itália, São Cromácio, bispo, explicando sabiamente os mistérios da palavra divina, elevou as almas às realidades celestes. († c. 407)

5. Na ilha de Palmarola, Itália, o passamento de São Silvério, papa e mártir, morreu consumido por muitas tribulações. († 537)

6. No mosteiro de Groenendaal, Bélgica, o Beato João Ruysbroeck, presbítero e cônego, (†1381)

7. Em Múrcia, na Espanha, a Beata Maria Ângela Astorch, abadessa, († 1665)

8. Em Logiewniki, Polônia, o Beato Rafael (Melchior Chylinski), presbítero, que durante a peste visitava os enfermos de Cracóvia, († 1741)

9. Em Manresa, Espanha, os beatos Jaime Bertino (António Jaime Secases) e Leão Justino (Francisco del Valle Villar), religiosos e mártires, († 1936)

10. Em Stanislaviv, Ucrânia, o Beato João Slezyuk, bispo e mártir, exercendo infatigavelmente o seu ministério clandestino entre os fiéis do Rito Bizantino († 1973)