Beato Urbano V, Papa

Nobre, culto e monje

Nasceu no castelo de Grisac, em Languedoc, em 1310, de família nobre. No mosteiro dos Beneditinos do priorado de Chirac, onde recebeu sólida cultura.

Doutorou-se em Direito Canônico e civil e depois lecionou direito em Montpellier e em Avignon e trocou a laureada toga pelo humilde hábito de monge, chegando a ocupar altos cargos dentro da Ordem beneditina.

Abade de iluminada doutrina e espiritualidade

Sua biografia é cheia de adjetivos elogiosos: “professor emérito, estudioso de renome, abade de iluminada doutrina e espiritualidade”.

Papa sem ser Cardeal, por méritos

Por tudo isso foi escolhido pelo Papa Inocêncio IV para desempenhar missões diplomáticas delicadas. Pelo mesmo motivo, quando Inocêncio morreu, foi eleito seu sucessor, mesmo não sendo cardeal.

Seu pontificado durou somente oito anos, mas caracterizou-se, segundo os registros oficiais, pela sábia administração, pelo esforço de renovar os costumes e pela nobreza de intenções.

Reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã

Ele reformou a disciplina eclesiástica e reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã, cortando pela raiz muitos abusos.

A pedido do rei da Polônia, ergueu e fundou a universidade da Cracóvia e, na universidade de Montpellier, fundou um colégio médico, ajudando pessoalmente estudantes pobres.

Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos

No terreno político e militar seu trabalho também foi reconhecido. Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ameaçavam a Europa.

No plano missionário, enviou numerosos grupos de religiosos às regiões europeias ainda necessitadas de evangelizadores, como a Bulgária e a Romênia.

Enviou missionários até a Mongólia

Além de organizar uma expedição missionária para levar a palavra aos mongóis da longínqua Ásia.

O grande sonho do Papa Urbano V, porém, era levar de volta a sede da Igreja para Roma. Conseguiu isso, em outubro de 1367, sendo recebido com entusiasmada aclamação popular.

Foi o primeiro a morar no Vaticano

Foi o primeiro a se estabelecer no palácio ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. E, desde então, se tornou a residência oficial dos pontífices.

Mas a paz durou pouco. Alguns anos depois Urbano V foi novamente obrigado a deixar Roma, e voltar para Avignon, onde faleceu em 19 de dezembro de 1370.

Beato Urbano V, rogai por nós!

Oração – Deus eterno e Todo-poderoso, guardai os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Amém.

Urbano: Significa “da cidade de Roma” ou “morador da cidade”. Tem origem no nome do latim Urbanus, derivado do adjetivo urbanus, de urbs, urbis, e quer dizer “da cidade de Roma”

 

 

Com Santo Anastácio de Massimi, filho de uma nobre família romana, foi eleito Papa em 399. Tinha profunda espiritualidade e vivia pobremente. Defendeu a fé católica com coragem, contrastando o donatismo, uma heresia que queria uma Igreja perfeita, rigorista e paupérrima.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia PT

Dez 19

1. Em Roma, no cemitério de Ponciano, junto à Via Portuense, o sepultamento de Santo Anastásio I, papa, homem de eminente pobreza e solicitude apostólica, que se opôs tenazmente às doutrinas heréticas. († 401)

2. Em Auxerre, França, São Gregório, bispo. († s. VI)

3. Na Cartuxa de Casotto, Itália, o Beato Guilherme de Fenóglio, religioso, que antes tinha sido eremita. († c. 1200)

4. Em Avinhão, França, o Beato Urbano V, papa, que, sendo monge foi elevado à cátedra de Pedro e se preocupou principalmente em fazer voltar à Urbe a Sede Apostólica e restabelecer a unidade da Igreja. († 1370)

5. Em Bac-Nihn, Vietnam, os santos mártires Francisco Xavier Hà Trong Mâu e Domingos Bùi Van Úi, catequistas, Tomé Nguyen Van Dê, alfaiate, e também Agostinho Nguyen Van Mói e Estêvão Nguyen Van Vinh, agricultores, o primeiro destes últimos neófito e o segundo ainda catecúmeno; todos eles foram estrangulados , († 1838)

6. Em Slonim, cidade da Polônia, as beatas Maria Eva da Providência (Eva Noiszewska) e Maria Marta de Jesus (Casimira Wolowsk), virgens e mártires, foram fuziladas por perseverarem na fé. († 1942)