Beato Fra Angélico, Presbítero, pintor

João de Fiesole, nascido  Guido de Pietro, nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, na Toscana, Itália. Entrou, com seu irmão, Bento, para o convento de Fiesole. Oração, estudo e austeridade aperfeiçoaram o espírito e o pincel do Frei Giovanni, levando-o a traduzir em imagens, repletas de humanidade e misticismo, os frutos da sua oração. Crucifixos, imagens de Nossa Senhora, Anunciações, vibrantes luzes diáfanas e retábulos de altares foram expressões de uma alma que, na simplicidade evangélica, mediante um trabalho disciplinado de oficina, soube viver com o coração no céu. Narra-se que ele pintava de joelhos e jamais iniciava suas obras sem rezar, comovendo-se quando reproduzia Cristo na cruz.

A doçura, a graça e a beatitude das figuras, nascidas do “impulso” do seu pincel, revelavam uma  alma de muta oração. A propósito, Vasari escrevia que ele “tinha o costume de não retocar as pinturas […] achando que esta era a vontade de Deus”.

Este frade-pintor foi um dom magnífico feito por Deus para a Ordem, pois deu também um imenso auxílio financeiro aos co-irmãos, porque, obedecendo ao voto de pobreza, destinou à Ordem todos os seus ganhos como artista, que eram tão expressivos quanto a sua genialidade.

A santa austeridade, os estudos profundos, a perene elevação da alma a Deus, mediante as orações contemplativas, apuraram o seu espírito e lhe abriram horizontes ocultos.

Com este preparo e com seus mágicos pincéis, pode proporcionar a todos o fruto da própria contemplação, representando o mais sagrado dos poemas, a divina redenção humana pela Paixão de Jesus Cristo.

As suas pinturas são uma oração que ressoa através dos séculos. Esta alma de uma simplicidade evangélica, soube viver com o coração no céu,  consagrando-se num incessante trabalho. nunca executou uma obra, sem antes rezar uma oração.

Entre 1425 e 1438, viveu retirado, onde retomou o trabalho pintando os frescos de quase todos os altares da igreja do convento de Fiesole. Depois foi a vez do convento de São Marcos, em Florença, onde deixou suas obras impressas nos corredores, celas, bibliotecas, claustros, ao longo de seis anos.

A partir de 1445 foi para Roma, onde trabalhou para dois papas: Eugênio IV e Nicolau V. Este último, tentou consagrá-lo Bispo de Florença, mas ele recusou com firmeza, indicando outro irmão dominicano.

Regressou  ao convento de Fiesole, cinco anos depois, no qual foi eleito o Diretor Geral. Alí trabalhou com seu irmão Bento, que o nomeou inicialmente como seu secretário e depois conseguiu que fosse eleito seu sucessor, em 1452.

Frei João de Fiesole, voltou para Roma, onde morreu no dia 18 de fevereiro de 1455.

Beato Fra Angélico, rogai por nós!

Oração – A pessoa pura é toda alma, toda transparente de luz , suas virgens reluzentes, como dotadas de um fulgor vindo de dentro para fora e que ilumina todo o seu ser. Amem

 

Com Santo Angilberto, Abade e Confessor. Ou Engelberto, era filho de importante senhor da corte do Rei Pepino. Educado no palácio real, foi secretário de Carlos Magno.

 

Martirológio Romano – Secretariado Nacional de Liturgia

Fev 18

Memória de São Teotônio, que fez por duas vezes a peregrinação a Jerusalém e, recusando a custódia do Santo Sepulcro, regressou à pátria, onde fundou, com onze religiosos, a Congregação dos Cônegos Regrantes da Santa Cruz, em Coimbra, cidade de Portugal.(† c. 1162)

2. Em Beth Lapat, no reino dos Persas, hoje Gundeshapur, no Irã, a paixão dos santos mártires Sadot, bispo de Selêucia, e cento e vinte e oito companheiros, mártires, – presbíteros, clérigos e sagradas virgens – que, por se recusarem a adorar o sol, foram metidos no cárcere e, depois de padecerem durante longo tempo cruéis suplícios, finalmente, por sentença do rei, foram assassinados.(† 342)

3. Em Toledo, na Hispânia, Santo Eládio, que, depois de ter exercido cargos administrativos na corte régia e no governo, foi abade de Agali e, finalmente, elevado ao episcopado de Toledo, deu testemunho da sua eminente caridade.(† 632)

4. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Tarásio, bispo, insigne pela sua erudição e piedade, que abriu o Concílio de Niceia II, no qual os Padres defenderam o culto das sagradas imagens.(† 806)

5. No mosteiro de Cêntula, Amiens, Gália, França, Santo Angilberto, abade, que, deixando os cargos palacianos e militares, com o assentimento de sua esposa Berta, que também vestiu o véu sagrado, abraçou a vida monástica e governou com êxito o cenóbio de Cêntula.(† 814)

6. Em Roma, o Beato João de Fiésole ou Fra Angélico, presbítero da Ordem dos Pregadores, que, sempre animado pelo amor de Cristo, exprimiu nas pinturas o que contemplava interiormente, para elevar a mente dos homens às realidades celestes.(† 1455)

7. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Harrington, presbítero e mártir, oriundo do condado de York, que, no reinado de Isabel I, por ter aceite e exercido o sacerdócio na Inglaterra, foi condenado à morte, alcançando na praça de Tyburn a coroa do martírio.(† 1594)

8. Também em Londres, o Beato João Pibush, presbítero e mártir, que, tendo sido encerrado no cárcere várias vezes e durante muito tempo, no mesmo reinado de Isabel I foi condenado à morte por causa do sacerdócio, morrendo enforcado e esquartejado em Southwark.(† 1601)

9. Em Ou-Tchan-Fu, no Hubei, província da China, São Francisco Régis Clet, presbítero da Congregação da Missão e mártir, que anunciou o Evangelho no meio de extremas adversidades durante trinta anos, mas, denunciado por um apóstata, depois de um cruel cativeiro, morreu estrangulado pelo nome de Cristo.(† 1820)

10. Na cidade de Guizhou, também na China, os santos mártires João Pedro Néel, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que, acusado de pregar a fé, foi arrastado a grande velocidade preso à cauda dum cavalo; depois, submetido a todo o gênero de zombarias e suplícios, finalmente morreu decapitado. Com ele sofreram o suplício também os santos mártires Martinho Wu Xuesheng, catequista, João Zhang Tianshen, neófito, e João Chen Xianheng.(† 1862)

11. Em Bérgamo, na Itália, Santa Gertrudes (Catarina Comensóli), virgem, que fundou uma Congregação de religiosas para a adoração do Santíssimo Sacramento e a formação da juventude.(† 1903)

12. Em Rosica, na Polônia, o Beato Jorge Kaszyra, presbítero da Congregação dos Clérigos Marianos e mártir, que, durante a guerra, lançado às chamas pelos perseguidores da fé, morreu por Cristo Senhor. († 1943)